quarta-feira, 13 de novembro de 2019

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

AULA 12 - INVERTEBRADOS - PORÍFEROS E CELENTERADOS

Poríferos


poríferos, também chamados de esponjas ou espongiários, são animais invertebrados aquáticos e fixos em um substrato. O nome do grupo deve-se pela presença de poros pelo corpo.


Os poríferos pertencem ao filo Porifera. Eles possuem as mais variadas formas, tamanhos e cores. Apresentam um padrão corporal básico, em formato de vaso, tubo ou barril.
Esponjas
Poríferos

Características

Habitat

O habitat da maioria das espécies é o ambiente marinho, poucas vivem em água doce. As esponjas são encontradas fixas no fundo do mar, em rochas, conchas e areia. Podem viver de forma solitária ou em colônias.

Estrutura Corporal

Os poríferos possuem paredes perfuradas por poros e, em seu interior encontra-se uma cavidade denominada átrio ou espongiocele. Na extremidade oposta à base de seu corpo, há uma abertura chamada ósculo.
Externamente, são revestidos pelos pinacócitos, células achadas e unidas. A parede externa dos poríferos é chamada de pinacorderme.
A cavidade interna é revestida pelos coanócitos, células ovoides e com flagelos. O movimento dos flagelos permite a circulação e representa sistema circulatório das esponjas.
Existem ainda os amebócitos, células livres presentes entre as camadas de pinacócitos e coanócitos.
O esqueleto das esponjas é interno e composto por espículas calcárias ou silicosas. Pode ainda ser orgânico, formado por fibras de colágenos, denominadas de esponginas.
As esponjas não apresentam sistema nervoso e tecidos.

FONTE: https://www.todamateria.com.br/poriferos/

Cnidários


O que são, características, exemplos, resumo, digestão, sistema nervoso, reprodução, classes, classificação científica, medusa

Medusa: exemplo de cnidário
O que são
Os cnidários são animais relativamente simples, que vivem em ambientes aquáticos, principalmente no mar (cerca de 99% vivem em água marinha e 1% em água doce).
Existem, atualmente, cerca de 10 mil espécies de cnidários conhecidas.
Principais características dos cnidários:
- Epiderme composta por uma camada de fibras musculares.
- Não possuem sistema respiratório. A respiração é aeróbia, sendo que cada célula faz as trocas gasosas com o meio através do processo de difusão.
- Possuem tentáculos na boca, que é ligada a uma cavidade digestiva. A digestão extra ocorre dentro da célula.
- Apresentam simetria radial.
- Não possuem sistema circulatório.
- Não possuem sistema excretor. A eliminação dos resíduos (excretas) na água é realizado pelas células, através do processo de difusão.
- O sistema nervoso dos cnidários é difuso e composto por rede de células nervosas.
- Em geral, podem alternar entre a forma pólipo e forma livre durante o seu ciclo reprodutivo.
- Os cnidários são carnívoros. Capturam suas presas utilizando os tentáculos. Alimentam-se de vermes marinhos, caranguejos, protistas, peixes e de outros cnidários.
Exemplos de cnidários:
- Medusas
- Águas-vivas
- Anêmonas-do-mar
- Caravelas
- Corais-moles
- Hidras de água doce


FONTE: https://www.todabiologia.com/zoologia/cnidarios.htm





Introdução


O filo Chordata é considerado o último dentro da escala evolutiva e compreende todos os vertebrados e alguns invertebrados como o anfioxo e os tunicados. A característica principal desse filo é a presença de notocorda em pelo menos uma de suas fases embrionárias. Nos vertebrados, a notocorda posteriormente dará espaço para a Coluna Vertebral.

Os cordados são considerados os animais mais adaptados para sobreviver nos mais diversos habitats, sendo encontrados em ambientes aquáticos e terrestres e alguns dotados de capacidade de vôo garantindo adaptação para adentrar em ambientes aéreos.
Características

Os cordados apresentam diversas características que são comuns em outros filos de animais e até outros Reinos. Assim como todos os filos do Reino Animal, os cordados são organismos pluricelulares, possuindo várias células, e eucariontes, com células contendo carioteca e organelas membranosas. Além dessas características, os cordados se assemelham a alguns outros animais por serem:
Triblásticos: Na fase embrionária, após o desenvolvimento do zigoto, três folhetos embrionários são gerados (ectoderma, mesoderma, endoderma) e a partir desses folhetos são gerados todos os demais tecidos e órgãos do organismo;
Celomados: Também no desenvolvimento embrionário, uma cavidade de nome celoma é formada e é nessa cavidade que órgãos posteriormente formados serão depositados. O celoma também é conhecido como local de depósito das vísceras de um organismo;
Metamerizados: Possuem o corpo dividido em segmentos. Assim como os Anelídeos e os Artrópodes, os cordados possuem o corpo e órgãos segmentados;
Deuterostômios: Assim como os Equinodermos, os Cordados possuem diversas características marcantes na fase embrionária, mas resumidamente, animais deuterostômios são aqueles em que, na fase embrionária, o ânus é formado primeiro que a boca;
Simetria bilateral: possuem apenas um eixo de simetria, ou seja, só possui uma forma de separar esses indivíduos em duas partes iguais.

Os cordados apresentam também características exclusivas, ou seja, características que os diferenciam dos demais filos existentes. As principais características exclusivas dos Cordados são:
Notocorda

Também chamada de corda dorsal, a notocorda é uma estrutura cartilaginosa em formato de bastão que está presente em pelo menos uma das fases do desenvolvimento embrionário dos Cordados e possui um papel fundamental compondo os primeiros estágios do esqueleto desses indivíduos. Em alguns organismos, os vertebrados, essa notocorda, após o desenvolvimento embrionário, é substituída pela coluna vertebral.
Tubo Nervoso Dorsal

Estrutura sólida localizada acima da notocorda e formada a partir da endoderme (folheto embrionário). Esse tubo nervoso dorsal dará origem ao sistema nervoso onde uma das pontas do tubo irá se desenvolver em encéfalo (parte superior do sistema nervoso central composto por tronco cerebral, cerebelo e cérebro) e o restante formará a medula espinhal.
Fendas Faringeanas

Também chamadas de fendas branquiais na faringe. Aberturas localizadas próximas da faringe que possuem a função de filtrar o líquido presente no meio e absorver alimentos e nutrientes. Nos animais aquáticos, essas fendas persistem por toda a vida, já nos animais terrestres, essas fendas se mantém apenas na fase embrionária.
Sistema Digestório Completo

Os cordados possuem o sistema digestório (antes chamado de Sistema Digestivo) composto por Boca, Faringe, Esôfago, Estômago, Intestino e Ânus. Possuindo então duas aberturas, uma para entrada de alimento (boca) e outra para saída de substâncias não digeridas (ânus).
Cauda Pós-Anal

Após a região do ânus, os cordados possuem uma cauda que confere capacidade de locomoção em meio aquático. Alguns cordados terrestres mantém a cauda por toda a vida enquanto alguns animais, como os humanos, possuem apenas vestígios dessa cauda na fase embrionária, sendo o osso do cóccix esse vestígio.

Anatomia do cephalochordate Amphioxus, um cordado.

Na figura acima tem-se em ordem: 1: Medula espinhal; 2: Corda dorsal; 3: Cordão nervoso dorsal; 4: cauda pós anal; 5: ânus; 6: aparelho digestório; 7: sistema circulatório; 8: atrióporo; 9: espaço acima da faringe; 10: fenda da faringe (Brânquia); 11: faringe; 12: vestíbulo; 13: cílio oral; 14: abertura da boca; 15: gônada (ovário/testículo); 16: sensor de luz; 17: nervo; 18: metapleura; 19: fígado.
Subfilos

Dentro do filo dos Cordados, subdivisões conhecidas como subfilos permitem classificar os organismos em até três grupos:
Cephalochordata (Cefalocordados)

Animais marinhos de poucos centímetros de comprimento. Geralmente são encontrados no interior de rochas ou em canais subterrâneos na areia. São muito similares aos peixes embora não possua crânio nem cérebro. Especula-se que foi a partir dos Cefalocordados que surgiram os vertebrados.

O principal integrante desse grupo é o Branchiostoma lanceolatum conhecido como anfioxo, nome que em muitos locais é atribuído aos Cefalocordados de modo geral. O anfioxo passa a maior parte do tempo enterrado na areia do mar apenas com a boca para fora. Assim como todos os cefalocordados, sua alimentação é através da filtração de água através da faringe capturando moléculas orgânicas e pequenos nutrientes dissolvidos.

Os cefalocordados possuem respiração fechada, com o sangue sendo bombeado pelo coração. Também possuem um sistema nervoso derivado do tubo nervoso dorsal e reprodução sexuada com indivíduos com sexo separado (dióicos).


Branchiostoma lanceolatum, Anfioxo.
Urochordata (Urocordados)

Também chamados de Tunicados devido ao envoltório de polissacarídeo característico desse subfilo chamado de túnica, esses organismos se assemelham mais aos equinodermos que aos Cordados, sendo considerado na linha evolutiva os primeiros organismos gerados a partir do mesmo ancestral dos equinodermos.

São organismos sésseis (sem capacidade de locomoção), marinhos e que podem viver de forma isolada ou em conjunto formando grandes colônias. Sua aparência é similar a uma bolsa gelatinosa, embora existam alguns tunicados com estrutura larval que são semelhantes a girinos que nadam em busca de alimentos e não ultrapassam dos 10 cm de comprimento.

Se alimentam filtrando fitoplânctons presentes na água e apresentam reprodução sexuada com espécies monóicas (hermafroditas, possuindo cada indivíduo ambos os sexos), embora possam se reproduzir assexuadamente por brotamento.


Polycarpa aurata, um tunicado.

Craniata (Vertebrados)

Também chamados de vertebrados, esses animais possuem uma estrutura óssea que protege a maior parte do sistema nervoso central. O crânio protege principalmente o cérebro e outras estruturas próximas e a notocorda dá lugar para a coluna vertebral que protege a medula espinhal além de auxiliar na sustentação do corpo e na postura.

Os craniados ou vertebrados constituem um grupo diversificado com hábitos e até estruturas morfológicas diferentes. Atualmente, embora ainda existam divergências quanto a categorização desse subfilo, os cientistas assumem que existem duas superclasses dentro dos vertebrados:
Agnathas: Animais sem mandíbulas na bola como peixes-bruxas e lampreias.


Lampreia.
Gnathostomata: Animais com mandíbula. Dentro dessa subclasse estão as principais classes de vertebrados conhecidas:
Peixes: Divididos em peixes ósseos e cartilaginosos. Possuem respiração branquial, habitats aquáticos e com corpo coberto de escamas;


Peixe Pristella maxillaris.
Anfíbios: Seres com hábitos aquáticos e terrestres que, na fase adulta, desempenham respiração cutânea (através de poros na pele), possui respiração fechada e incompleta (com o coração NÃO possuindo câmaras separadas para a circulação de sangue rico em O2 e sangue rico em CO2).

Sapo, um anfíbio da ordem Anura.
Répteis: Último dos animais ectotérmicos, ou seja, com a temperatura variando de acordo com as condições climáticas, não possuindo uma "temperatura constante". Possuem respiração Pulmonar e alguns répteis já apresentam uma circulação mais próxima da circulação dos mamíferos e aves, com coração com quatro cavidades (dois átrios e dois alvéolos) e o sangue rico em O2 não entrando em contato com o Sangue rico em CO2.

Tupinambis merianae, lagarto popularmente chamado de Teiú ou Tejú.
Aves: Seres com corpo coberto de penugem conhecida como pena, coração dividido em quatro cavidades, respiração pulmonar, ausência de dentes e estruturas morfológicas características como a presença da moela no aparelho digestório.

Ave Lamprotornis hildebrandti, conhecida como Estorninho.
Mamíferos: Organismos que se alimentam de leite materno nos primeiros estágios após o desenvolvimento embrionário. Possuem coração com quatro cavidades onde o sangue rico em O2 não entra em contato com o sangue rico em CO2, respiração pulmonar e com raríssimas exceções o desenvolvimento embrionário ocorre dentro do corpo materno.

Ursus maritimus, mamíferos conhecimento popularmente como Urso Polar.




AULA 14 - MOLUSCOS E EQUINODERMOS

Reino Animalia IV:

Moluscos e Equinodermos



1. Moluscos: corpo mole, geralmente em conchas

Os moluscos são invertebrados de simetria bilateral, celomados, não segmentados e dotados de corpo mole (do latim molluscum, ‘animal de corpo mole’). A maioria é portadora de concha calcária protetora, embora algumas espécies, como as lesmas e os polvos, não a possuam. Compreendem caramujos, caracóis, lesmas, búzios, ostras, mexilhões, mariscos, lulas, polvos e outros animais menos conhecidos. Muitos deles são consumidos na alimentação humana. Há espécies que medem alguns poucos milímetros e outras que atingem dimensões monstruosas, como o calamar gigante das profundezas abissais, que pode alcançar 15 m de comprimento e pesar algumas toneladas. Algumas espécies de ostras (principalmente as encontradas nas proximidades do Sri Lanka, antigo Ceilão) produzem pérolas muito valiosas. Com relação à importância médica, é interessante lembrar os moluscos planorbídeos (Biomphalaria glabrata), que servem de hospedeiros intermediários para o desenvolvimento larvar do verme causador da esquistossomose.

a) As características gerais dos moluscos

São dotados de corpo viscoso, envolvido por uma concha calcária e constituído de três partes: cabeça, pé e massa visceral.

A massa visceral é recoberta por uma prega epidérmica carnosa chamada manto ou pálio, responsável pela produção da concha calcária.

A concha dos moluscos pode ser univalva (caramujos) ou bivalva (ostras). Neste último caso, as duas peças ou valvas se articulam por uma borda e são movimentadas por poderosos músculos que fazem o seu fechamento ou abertura.

O sistema excretor nos moluscos é constituído de nefrídias, que retiram os excretas da cavidade pericárdia (ao do coração), a qual representa o celoma destes animais, e os derramam na cavidade do manto.

Entre o manto e a concha existe a cavidade do manto ou cavidade palial, que desempenha funções respiratórias.

São organismos triblásticos, celomados e de simetria bilateral.

A boca exibe uma língua provida de dentículos, denominada rádula, ausente apenas nas ostras e mariscos.

A respiração pode ser cutânea, branquial ou pulmonar.

Podem ser dióicos ou monóicos. Seu desenvolvimento pode ser direto ou indireto. No indireto, as larvas podem ser do tipo: véliger; gloquídio; trocófora.

Sistema digestivo completo.

Compreendem caramujos, caracóis, lesmas, búzios, ostras, mexilhões, mariscos, lulas, polvos e outros animais menos conhecidos.

Há espécies que medem alguns poucos milímetros e outras atingem dimensões monstruosas, como o calamar gigante das profundezas abissais, que pode alcançar 15 m de comprimento e pesar algumas toneladas.

Algumas espécies de ostras (principalmente as encontradas nas proximidades do Sri Lanka, antigo Ceilão) produzem pérolas muito valiosas.

Com relação à importância médica, é interessante lembrar os moluscos planorbídeos (Biomphalaria glabrata), que servem de hospedeiros intermediários para o desenvolvimento larvar do verme causador das esquistossomose.



b) Classes dos moluscos

O filo Mollusca compreende cinco classes principais: Amphineura, Scaphopoda, Gastropoda, Pelecypoda e Cephalopoda.

Classe Amphineura

Os anfineuros abrangem moluscos pouco conhecidos, marinhos, encontrados no fundo do mar, revelando o corpo mole protegido por oito placas calcárias sobrepostas como telhas. Quando se sentem em perigo, enroscam-se à semelhança do tatuzinho-de-quintal. São conhecidos como quítons. Exemplo: Chiton magnificus.

Classe Scaphopoda

Os escafópodos vivem freqüentemente enterrados na areia das águas rasas, mas podem também ser encontrados em profundidades de até 4. 5000 metros. Tem o corpo dotado de uma concha tubular protetora, recurvada como um grande canino, medindo cerca de 6 cm de comprimento e aberta nas duas extremidades. O animal possui um pequeno pé cônico, como o qual se movimenta o se fixa às pedras. Exemplo: Dentalium meridionale.

Classe Gastropoda

Aqui se encontram numerosas espécies de moluscos muito conhecidos. O corpo possui nitidamente cabeça, pé e massa visceral. O pé achatado em forma de palmilha e cobre toda a porção ventral da massa visceral, daí o nome da classe (do grego gaster, ‘ventre’ e pous, podos , ‘pés’). Os gastrópodos revelam como principais características:

Pé achatado em forma de palmilha recobrindo o ventre.

Cabeça com dois pares de tentáculos, o primeiro olfativo e o segundo dotado de olhos.

Boca portadora de rádula, uma espécie de língua denteada e protrátil, que serve para "raspar" os alimentos como uma lima. Aliás, a rádula é encontrada em quase todos os moluscos, com exceção apenas dos pelecípodos.

A massa visceral é recoberta por um tecido de revestimento chamado manto ou pálio, formado de células ciliadas com glândulas, de cuja secreção resulta o material calcário que forma a concha.

Concha univalva, isto é, constituída de uma única peça geralmente enrolada em espiral, provida de uma cavidade ampla e helicoidal (exceção: a lesma, que não possui concha).

Cavidade do manto ou cavidade palial, espaço entre manto e a concha, onde se abrem os orifício. finais dos sistemas digestivo, excretor e reprodutor, e que funciona como brânquia, nas espécies aquáticas, e como pulmão rudimentar, nas espécies de habitat terrestre.

Muitas espécies são hermafroditas de fecundação cruzada. A larva é chamada véliger.

Classe Pelecypoda

Engloba as ostras, mexilhões e mariscos. Todos portadores de concha bivalva. A cabeça é pouco desenvolvida e o pé tem forma de lâmina de machado, o que e nome da classe (do grego pelekys, ‘machado’, e pous, podos, ‘pés’).

As brânquias desses moluscos desempenham dupla função — retiram o oxigênio dissolvido na água (como qualquer brânquia) e filtram partículas alimentares e algas verdes microscópicas, que são em seguida conduzidas à boca. Por essa razão, os pelecípodos são considerados "animais filtradores". Como suas brânquias são formadas de numerosas lâminas paralelas, há quem os chame de lamelibrânquios. Também são referidos como bivalvos ou acéfalos em muitos livros. Possuem junto ao pé glândulas bissogênicas que segregam o bisso, uma espécie de visgo com o qual se prendem às rochas.

Classe Cephalopoda

Os cefalópodos não possuem concha, a não ser o Nautilus (uma espécie rara) e a fêmea do Argonauta (outra espécie também em extinção). As lulas e calamares possuem um rudimento de concha interna — a pena, siba ou gládio, de natureza calcária e rígida. A característica principal dessa classe, contudo, é a presença de pés transformados em tentáculos ligados diretamente à cabeça, explicando-se assim a origem do nome (do grego cephale, ‘cabeça’, pous, podos, ‘pés’). Os polvos (Octopus vulgaris) e as lulas (Loligo brasiliensis e Sepia officinalis) possuem, respectivamente, oito e dez tentáculos. Nos polvos, a massa visceral fica contida num saco pendente da cabeça. São também portadores de uma bolsa de tinta que utilizam nos momentos de perigo. As lulas se deslocam por um princípio de jato-propulsão, à custa da eliminação brusca e violenta de égua por um sifão situado junto à reprega do manto que forma as brânquias.

Os polvos possuem tentáculos com ventosas que ajudam a fixação do animal às pedras ou a retenção das suas presas. Há nesses animais um par de olhos que atingem máximo desenvolvimento em invertebrados. São olhos muito parecidos com os dos animais superiores, tendo córnea, íris com pupila, cristalino e retina com bastonetes, que permite a formação de imagens bem definidas.



2. Equinodermos: invertebrados exclusivamente marinhos

Os equinodermos (do grego echinos, ‘espinho’, ‘ouriço’, e derma, ‘pele’) são animais estritamente marinhos dotados de um endoesqueleto calcário formado de placas dependentes ou articuladas, na maioria das vezes originando proeminências, como espinhos, abaixo da epiderme, daí o nome do filo. Compreendem as estrelas-do-mar, os ouriços-do-mar, os pepinos-do-mar etc.

Não existe nenhuma espécie de equinodermo adaptada à água doce. Talvez isso se justifique por sua suposta origem a partir de grupo mais adiantados e marinhos que regrediram, tomando-se fixos, sofrendo involução da cabeça e assumindo simetria radiada na fase adulta.

Seus espécimes apresentam algumas particularidades importantes que devem ser vistas logo de início, pois os distinguem dos demais invertebrados. São:

simetria bilateral do embrião e simetria pentarradiada na fase adulta;

celoma de origem enterocélica

deuterostomia.



a) As características dos equinodermos

Uma das características mais marcantes é a presença de um complexo sistema de lâminas, canais e válvulas, denominado sistema aqüífero. Este sistema relaciona-se com a locomoção, secreção, respiração, circulação e até mesmo com a percepção do animal.

Outras características básicas:

São animais de vida livre, predadores ou detritívoros.

Simetria bilateral enquanto larva e formato pentarradial nos adultos.

São triblásticos e celomados.

Corpo sem cabeça.

Possuem endoesqueleto calcário.

Dotados de sistema aqüífero.

Animais dióicos, com fecundação externa e desenvolvimento indireto; produzem larvas ciliadas.

Não possuem sistema excretor especializado.

Têm sistema digestivo completo.

Merece destacar também a maneira de formação do celoma nos equinodermos. Nestes animais, o celoma tem origem em bolsas ou sacos celomáticos, que surgem por evaginações laterais das paredes do intestino primitivo ou arquêntero. Diz-se que a formação do celoma por este processo é entorocélica (do grego enteron, ‘intestino’, e keilos, ‘cavidade’). Esse processo só ocorre com os equinodermos e com os cordados. Com exceção dos equinodermos, todos os invertebrados têm celomação esquizocélica, isto é, a partir de brotos celulares endodérmicos que se desprendem das faces laterais do arquêntero, multiplicam-se e se separam, delimitando então a cavidade celomática que, aos poucos, vai se constituindo.

Há ainda mais um detalhe importante: durante o desenvolvimento embrionário estabelece-se a gástrula, que tem a forma de um balão. A "boca" desse balão é o blastóporo. Em muitos animais, após o desenvolvimento completo do embrião, o blastóporo permanece com a função de boca. Esses animais são classificados como protostômio (do grego proto, ‘primitivo’, e stoma. ‘boca’). Nos animais mais evoluídos, o blastóporo fica reduzido, no animal já formado, à função de ânus. A boca surge de uma nova cavidade que aparece na porção anterior do corpo. Esses animais são denominados deuterostômios (do grego deuteros, ‘segundo’, e stoma, ‘boca’). Também sob este aspecto, os equinodermos (todos deuterostômios) são os invertebrados que mais se aproximam dos cordados, uma vez que moluscos, artrópodos, anelídeos e asquelmintos são todos protostômios.

Existem células tácteis e olfativas espalhadas por toda a superfície do corpo dos equinodermos. Nas estrelas-do-mar, encontram-se grupos de células fotorreceptoras que atuam como minúsculos olhos nas extremidades dos braços.

Os equinodermos são todos de vida livre. Nunca formam colônias e não há espécie parasita. O corpo não revela segmentação. Desprovidos de cabeça, eles têm um sistema nervoso elementar, com um anel nervoso ao redor esôfago, do qual partem nervos radiais que se dirigem os braços ou para os lados (nos que não têm braços). O tubo digestivo é simples. Nas estrelas e nos ouriços, a fica voltada para baixo (face oral) e o ânus fica voltado para cima (face aboral). Nos ouriços, existe junto á boca um órgão chamado lanterna-de-aristóteles, organizado por cinco dentes calcários fortes e afiados, cujos movimentos são coordenados por músculos desenvolvidos. Nas estrelas, esse órgão não existe, mas em compensação o intestino (que se segue ao estômago) é provido de cinco pares de cecos digestivos, que se dispõem na direção dos braços.

Não há um sistema circulatório típico, já que podemos encontrar apenas alguns canais em contato com o celoma, pelos quais circula um líquido claro com amebócitos. Esses canais vão até as brânquias, em número de 10, situadas ao redor da boca, onde ocorrem as trocas gasosas com o meio ambiente e a eliminação dos produtos de excreção. Consequentemente, não há sistema excretor definido nos equinodermos

Os equinodermos revelam sexos separados (animais dióicos) e fazem a fecundação externa (o encontro dos gametas ocorre na água). Há diversos tipos de larva, todas ciliadas, mas a mais comum é o plúteo. Algumas espécies realizam a regeneração com muita facilidade. Entre as estrelas, até mesmo o fragmento de um braço pode reconstituir um animal inteiro.

O principal sistema desenvolvido pelos equinodermos é o sistema aqüífero ou ambulacrário, característico desse filo. Ele se compõe de: placa madrepórica (pequena lâmina circular com numerosos orifícios), localizada na face aboral junto ao ânus; canal pétreo, por onde circula a água do mar que entrou pela placa madrepórica; anel periesofagiano, conduto circular que dá prosseguimento ao canal pétreo e do qual saem as vesículas de Poli e os cinco canais radiais, que se expandem por zonas especiais, dispostas radiadamente no corpo do animal. Cada canal radial emite numerosas ampolas, das quais partem os pés embulacrários. A água penetra pela placa madrepórica, percorre todo o sistema ma e é eliminada pelos terminais dos canais radiais. Ao passar pelas ampolas, pode ser compelida (por pressão com os músculos) a entrar nos pés ambulacrários, que se estufam para a frente. Como esses pés possuem ventosas nas extremidades, isso pode permitir ao animal fixar-se num substrato ou reter um alimento. A contração de outros músculos pode devolver a água às ampolas, determinando a retração dos pés ambulacrários. Todo o sistema aqüífero ou bulacrário é apenas uma especialização de parte do celoma dos equinodermos.



b) As classes dos equinodermos

O filo Echinodermata compreende cinco classes:

Classe Crinoidea (Crinóidea)

Animais fixos, dotados de um pedúnculo, com mentos semelhantes a rizóides, que servem para fixação rochas. Dez tentáculos ramificados que lhes dão aspecto de flor. Conhecidos vulgarmente como lírios-do-mar (Antedon meridionalis). Alguns são flutuantes, com certa capacidade para nadar.

Classe Ophiuroidea (Ofiuóidea)

Equinodermos livres, corpo achatado em forma moeda com cinco tentáculos serpentiformes muito móveis. Conhecidos como serpentes-do-mar (Ophiura cinerea)

Classe Asteroidea (Asteróidea)

Animais bentônicos (que vivem somente no fundo d’água), apresentando movimentos discretos dos braços ou deslocando-se mesmo sem mexê-los, apenas com expansões e retrações dos pés ambulacrários, que formam fileiras, aos pares, na face inferior de cada braço. Possuem manchas ocelares (órgãos visuais) nas extremidades braços. Carnívoros. Devorem ostras e ouriços-do-mar. Para tanto, costumam everter o próprio estômago sobre a vítima. Depois de digerir parcialmente o alimento, o estômago é recolhido ao interior do corpo. Número de braços variável de acordo com a espécie. Conhecidos como estrelas-do-mar (Astropecten bresiliensis e numerosíssimas outras espécies).

Classe Echinoidea (Equinóidea)

Corpo semi-esférico ou globoso, desprovido de braços ou tentáculos, mas recoberto de espinhos grandes e numerosos com certa mobilidade. Conhecidos como ouriços-do-mar. Possuem lanterna-de-aristóteles. Alguns ouriços têm o aspecto achatado de um escudo. São chamados de escudos-de-são-jorge, corrupios ou pindás (muito encontrados no nosso litoral, principalmente em Santos).

Classe Holothuroidea (Holoturóidea)

As holotúrias, possuem corpo alongado, mais ou menos cilíndrico, mole, com alguns pequenos tentáculos — brânquias — ramificados ao redor da boca. Vulgarmente, são os pepinos-do-mar, que vivem no meio das rochas ou sobre a areia no fundo do mar, mas não muito longe da costa, em pequenas profundidades.

FONTE: http://netopedia.tripod.com/biolog/AnimaliaIV.htm

AULA 13 - PLATEMINTES NEMATELMINTES E ANELIDEOS

Platelmintos, Nematelmintos e Anelídeos

Invertebrados
Os vermes que serão expostos a seguir, são distribuídos em três filos:

Platelmintos - vermes de corpo achatado, em forma de fita;

Nematelmintos - vermes de corpo homogeneamente cilíndrico e afilado em ambas as extremidades;

Anelídeos - vermes de corpo dividido em anéis. Apesar de os fósseis dos platelmintos, nematelmintos e anelídeos serem relativamente muito raros, calcula-se que esses animais surgiram provavelmente entre 1 bilhão e 600 milhões de anos atrás.

Quando esses invertebrados apareceram, a erosão dos continentes deu origem a uma grande camada de sedimentos no fundo dos mares. Isso teria propiciado uma grande quantidade de alimento e um ótimo esconderijo para esses seres.

Os platelmintos são seres de corpo achatado; daí o nome do grupo: platelmintos (platy = "achatado"; helmintos = "verme"). Esses animais compreendem mais de 15.000 espécies. São principalmente aquáticos, vivendo nos mares, em córregos, lagos e pântanos ou em ambientes terrestres úmidos, arrastando-se no chão sobre um muco que produzem na parte ventral do corpo. Alguns tem vida livre, outros parasitam animais diversos, principalmente vertebrados.

Medindo desde alguns milímetros até alguns metros de comprimento, os platelmintos possuem tubo digestivo incompleto, ou seja, tem apenas uma abertura: a boca - através do qual tanto entram os alimentos como saem as fezes; portanto, não possuem ânus. Alguns nem tubo digestivo tem e vivem adaptados à vida parasitária, absorvendo, através da pele, o alimento previamente digerido pelo hospedeiro.



O corpo dos platelmintos apresenta as seguintes regiões:

uma extremidade anterior onde se localizam a cabeça e os órgãos dos sentidos, incluindo células visuais agrupadas em ocelos;

uma extremidade posterior ou caudal;

um lado dorsal, ou seja, a parte de cima do corpo;

um lado ventral, ou seja, a parte de baixo do corpo.

Dependendo das características que apresentam, os platelmintos estão divididos em grupos. Segue estudo sobre as planárias, as tênias e o esquistossomo como representantes desses grupos.

A planária adulta é hermafrodita, isto é, apresenta tanto o sistema reprodutor masculino quanto o feminino. Quando duas planárias estão sexualmente maduras e se encontram, elas copulam. Após a troca de espermatozoides, os animais se separam e os ovos formados são eliminados para o meio externo. No interior de cada ovo encerrado em cápsulas desenvolve-se um embrião, que se transforma numa jovem planária.

As planárias podem também se reproduzir assexuadamente, simplesmente dividindo-se em duas partes. Cada uma das partes se desenvolve e dará origem a uma nova planária. Possuem, ainda, uma grande capacidade de regeneração. Cortando-se o animal em alguns pedaços, cada um deles pode dar origem a uma planária inteira.

Popularmente conhecidas por solitárias, as tênias fazem parte de um grupo de platelmintos chamados cestóides. Podendo atingir até oito metros de comprimento, as tênias são vermes parasitas, que vivem na carne do porco ou do boi e no intestino do homem.

Existem dois tipos de tênia: a Taenia solium, que parasita o porco e o homem, e a Taenia saginata, que parasita o boi e o homem.

O corpo das tênias é dividido em três partes:

Cabeça ou escólex;

Pescoço - curto prolongamento da cabeça;

Corpo ou estróbilo - dividido em segmentos chamados proglotes.

A Taenia solium pode ser distinguida da Taenia saginata observando-se os detalhes da cabeça. A Taenia solium tem ventosas e ganchos com os quais se prende nas paredes do intestino do homem. A Taenia saginata não tem os ganchos.

Considere uma pessoa que tenha uma tênia no intestino. Esse animal é hermafrodita e se autofecunda. As proglotes que amadurecem possuem órgãos de reprodução masculinos e femininos. Após a fecundação, as proglotes grávidas se desprendem do corpo da tênia e são eliminadas junto com as fezes da pessoa que está sendo parasitada. Se essas fezes forem lançadas no solo ou na água, elas poderão contaminar os alimentos que serão comidos pelos porcos ou pelos bois.

Ao serem ingeridos pro um porco ou por um boi, os ovos se rompem e liberam embriões com ganchos, que atravessam o tubo digestivo desses animais, caindo na corrente sanguínea. Conduzidos então pelo sangue, os embriões instalam-se nos músculos (carne) do animal e aí se transformam em larvas encistadas, que formam cisticercos. Os cisticercos tem cerca de 0,5 a 1,5 cm de diâmetro e seu aspecto lembra um grão de canjica, daí serem conhecidos popularmente como canjiquinhas.

Quando uma pessoa cone carne de porco ou de boi contaminada e mal cozida, a larva de aloja no intestino e aí se desenvolve, dando origem a uma tênia adulta, fechando o ciclo. A presença da tênia adulta no intestino humano provoca a doença chamada teníase. Entre outros sintomas da teníase, podemos considerar a ocorrência de insônia, irritabilidade, diarréia, cólicas abdominais e náuseas.

As tênias são vermes que causam muito mal à nossa saúde. Elas "roubam" alimento do nosso organismo deixando-nos doentes. Para evitá-las, devemos tomar as seguintes providências:

exigir que as autoridades do governo realizem obras de saneamento básico (água tratada e encanada, rede de esgotos, coleta de lixo, etc) e uma boa fiscalização da carne nos abatedouros e açougues;
construir fossas nos lugares onde não haja rede de esgotos;
não jogar as fezes em água ou locais próximos a alimentos que possam ser ingeridos por porcos ou bois;
cozinhar bastante a carne. O cozimento prolongado mata as larvas de tênia;
Tomar cuidado com a água, com os alimentos crus e com a higiene das mãos.


O esquistossomo (Schistosoma mansoni) pertence a um grupo de platelmintos denominados trematódeos. Esse verme é muito perigoso, pois produz nas pessoas uma doença grave chamada esquistossomose.

O esquistossomo tem sexos separados; a fêmea mede cerca de 1,5 cm de comprimento e o macho, cerca de 1 cm. O esquistossomo macho possui um canal onde a fêmea se abriga na época da reprodução.

O esquistossomo vive geralmente nas veias que ligam o intestino ao fígado das pessoas. A presença desses vermes e de uma grande quantidade de ovos pode provocar um rompimento dessas veias. Além disso, ocorre um aumento no volume do abdome devido ao crescimento desproporcional do fígado e do baço. Por isso, a esquistossomose é também conhecida como barriga-d`água. Entre outros sintomas, além do aumento do volume do abdome, podem ocorrer dores abdominais, cólicas, náuseas, inflamação do fígado e enfraquecimento do organismo.

Inicialmente o esquistossomo põe seus ovos nas veias do intestino do hospedeiro. Esses ovos atravessam as paredes das veias e do intestino e são eliminados juntamente com as fezes. Os ovos que caem na água transformam-se em larvas, os miracídios. Estes penetram no corpo de um caramujo do gênero Biomphalaria e ali transformam em larvas com cauda, chamadas cercárias. Depois de formadas, as cercárias saem do caramujo e passam novamente para a água. As cercárias, então, podem penetrar a pele humana, atingindo a corrente sangüínea e, finalmente, as veias que ligam o intestino ao fígado, onde se desenvolvem e se transformam em vermes adultos, fechando o ciclo.

Para combater o esquistossomo, são necessárias as seguintes providências:

exigir que as autoridades do governo realizem obras de saneamento básico;
nunca entrar em água onde existam os caramujos hospedeiros do esquistossomo (açudes, lagos, várzeas, etc);
construir fossas onde não exista esgoto;
combater o caramujo hospedeiro. Dessa maneira impede-se a formação de cercárias, interrompendo o ciclo vital do esquistossomo.
Os nematelmintos (nemato = "filamento"; helmintos = "verme") são vermes de corpo cilíndrico, afilado nas extremidades. Muitas espécies são de vida livre e vivem em ambiente aquático ou terrestre; outras são parasitas de plantas e de animais, inclusive o homem.

Ao contrário dos platelmintos, os nematelmintos possuem tubo digestivo completo, com boca e ânus. Geralmente tem sexos separados, e as diferenças entre o macho e a fêmea podem ser bem nítidas, como no caso dos principais parasitas humanos. De modo geral o macho é menor do que a fêmea da mesma idade e sua extremidade posterior possui forma de gancho.

Ancilóstomos, lombrigas, oxiúros e filárias são alguns tipos de nematelmintos que parasitam os seres humanos. A seguir uma explanação sobre cada um deles:

Os ancilóstomos são uma das espécies mais conhecidas (ancylostoma duodenale) e vive no intestino delgado do homem.

Os ancilóstomos possuem ganchos na cavidade da boca, com os quais lesam a parede do intestino, provocando a liberação de sangue, que usam como alimento. Por isso, provocam hemorragias, que deixam a pessoa anêmica e sem capacidade para o trabalho. A pessoa atacada pelos ancilóstomos fica com a pele amarelada; daí a ancilostomose, nome da doença causada por esses vermes, ser também chamada amarelão.

A pessoa contaminada elimina os ovos do verme juntamente com as fezes. No chão, misturados com a terra úmida, os ovos dão origem a larvas. Quando um homem anda descalço sobre a terra, as larvas podem penetrar em seus pés (principalmente entre os dedos) e entrar na corrente sangüínea. Conduzidas pelo sangue até os pulmões, migram sucessivamente para os brônquios, traquéia, laringe e faringe. Daí elas vão para o esôfago, para o estômago e, finalmente, alcançam o intestino delgado, onde se desenvolvem, atingindo a forma adulta.

Pode-se evitar o amarelão tomando-se o cuidado de não andar descalço em solos que possam abrigar as larvas do parasita, além de cuidados higiênicos, usando instalações sanitárias adequadas, com esgoto ou fossa séptica.

O nome científico das lombrigas é Ascaris lumbricoides. Medem aproximadamente 25 centímetros de comprimento e vivem no intestino humano. Geralmente encontram-se entre quatro e dez lombrigas nas pessoas atacadas, mas esse número pode ser bem maior.

As lombrigas são muito prejudiciais à saúde, pois se alimentam das substâncias nutritivas necessárias à vida do homem. A doença provocada por esses vermes é chamada ascaridíase e, entre seus sintomas, podemos considerar a ocorrência de náuseas, vômitos, cólicas abdominais e emagrecimento.

No intestino humano, as fêmeas fecundadas liberam milhares de ovos por dia. Esses ovos são eliminados juntamente com as fezes e podem contaminar a água e alimentos diversos. Quando uma pessoa engole ovos deste verme juntamente com alimentos crus, frutas mal lavadas e água contaminada, esses ovos alcançam o intestino, onde se rompem e liberam larvas. As larvas atravessam a parede intestinal, caem na corrente sanguínea e migram sucessivamente para os pulmões, os brônquios, a traquéia, a laringe e a faringe. São então engolidas e retornam ao intestino, onde se desenvolvem e se transformam em vermes adultos, fechando o ciclo.

Pode-se evitar a ascaridíase, lavando cuidadosamente frutas e verduras, ingerindo apenas água tratada ou fervida e usando instalações sanitárias adequadas.

Os oxiúros são vermes (Enterobius vermicularis) que podem medir de oito a doze milímetros de comprimento e vivem no intestino grosso, onde provocam inflamações.

As fêmeas fecundadas liberam ovos no intestino humano. Esses ovos são eliminados juntamente com as fezes humanas e podem contaminar a água e alimentos diversos. Uma vez ingeridos por uma pessoa, esses ovos se rompem no intestino e liberam larvas, que se desenvolvem e se transformam em vermes adultos.

As fêmeas fecundadas dirigem-se à região anal, geralmente à noite, causando grande irritação. Crianças, principalmente, podem levar a mão a esse local, para coçar; caso a mão contaminada com os ovos do parasita seja depois levada à boca, esses ovos podem ser engolidos, iniciando-se um novo ciclo.

A doença provocada por esses vermes é chamada oxiurose e pode ser evitada com as mesmas medidas adotadas contra a ascaridíase.



As filárias alojam-se em vasos linfáticos de estruturas diversas dos seres humanos, como mamas e pernas. Os vasos linfáticos coletam e transportam a linfa, um líquido claro retirado dos espaços intercelulares dos tecidos, no interior dos órgãos. As filárias obstruem os vasos linfáticos e dificultam o escoamento da linfa. Com isso, a perna de uma pessoa, por exemplo, fica muito inchada, lembrando a pata de um elefante; por isso a doença é chamada elefantíase. Os vermes adultos têm cerca de quatro (macho) a dez centímetros (fêmea) de comprimento.

Uma pessoa adquire elefantíase quando é picada por um mosquito do gênero Culex, conhecidos como muriçocas. Ao sugarem o sangue de uma pessoa, esses mosquitos inoculam as larvas do parasita no organismo. Essas larvas se alojam nos vasos linfáticos e completam o seu desenvolvimento. Por isso, o combate a essa doença consiste basicamente na destruição do inseto e em evitar o seu acesso às moradias, colocando, por exemplo, telas nas janelas.

No grupo dos anelídeos estão incluídos os vermes cujo corpo é geralmente segmentado, dividido em anéis.

Os anelídeos vivem no solo úmido, na água doce e salgada. Podem ser parasitas ou de vida livre. Alguns são hermafroditas, mas existem também os que apresentam sexos separados.

O mais conhecido invertebrado deste grupo é a minhoca.

O corpo das minhocas é cilíndrico, alongado e dividido em anéis - que variam em número de acordo com a espécie e a idade.

No primeiro anel encontra-se a boca e no último o ânus. Na Pheretina hawayana, o 14°, 15° e o 16° anéis, a contar da boca, formam uma região denominada clitelo. O clitelo tem importante função na reprodução.

Nas extremidades anterior e posterior do corpo existem células sensitivas que permitem às minhocas distinguir o claro e o escuro. Na superfície do corpo existem cerdas - pequenos filamentos que ajudam a locomoção.

As minhocas vivem no interior do solo, cavando túneis. Para se locomoverem, elas contraem e distendem seus músculos, fazendo com que os anéis se encolham e se estendam, num movimento ondulatório. Esse movimento é auxiliado também pelas cerdas, que se erguem, fornecendo ao animal maior apoio nas irregularidades do terreno.

As minhocas respiram pela pele, que deve permanecer úmida para facilitar as trocas gasosas.

Você já deve ter ouvido dizer que as minhocas comem terra. Na verdade, elas se alimentam de folhas caídas e dos restos vegetais que estão misturados ao solo. Para tanto, elas engolem porções de terra, nas quais encontram seus alimentos.

A faringe da minhoca possui glândulas que secretam um muco para lubrificar o alimento. Chegando ao papo, onde fica armazenado, o alimento passa em seguida para a moela, mais resistente. Na moela ocorre a primeira fase da digestão, ou seja, a trituração do material engolido. Esse material vai depois para o intestino, onde são absorvidas as substâncias alimentares. Os resíduos não aproveitados e a terra são eliminados através do ânus.

Os anelídeos apresentam formas variadas, de acordo com a presença de cerdas de seu corpo, foram divididos em três grupos:

Oligoquetas: são os anelídeos com poucas cerdas. As minhocas pertencem a este grupo.

Poliquetas: estes anelídeos têm muitas cerdas, vivem geralmente no mar.

Alguns poliquetas são fixos e secretam um tubo de calcário onde se escondem dos predadores e produzem "penachos`` com brânquias que rodeiam a boca, retirando o oxigênio da água e capturando microrganismos dos quais se alimentam. Outros são móveis, atuam como predadores e possuem cabeça bem diferenciada, com olhos e tentáculos.

Hirundíneos: Os anelídeos deste grupo não possuem cerdas. O mais conhecido é a sanguessuga, que parasita animais diversos. Vive em riachos e pântanos. Nas extremidades de seu corpo existem ventosas: com uma delas a sanguessuga prende-se firmemente à pele de seu hospedeiro; com a outra, suga-lhe o sangue.


CURIOSIDADES:
As sanguessugas produzem uma substância chamada hirudina, que impede a coagulação do sangue. Por isso mesmo foram muito utilizadas no século XIX para provocar sangrias em pessoas com pressão alta. Várias sanguessugas, que podem ingerir várias vezes o seu peso em sangue eram colocadas sobre o paciente.

As minhocas atuam como verdadeiros "arados naturais", construindo galerias subterrâneas, revolvendo o solo e, assim, aumentando sua aeração e a drenagem de água.

Ao mesmo tempo, enterram folhas e depositam fezes na terra, contribuindo para a formação de humo, que fertiliza o solo. Sabe-se que um solo com minhocas é geralmente mais rico em sais minerais diversos que um solo destituído desses animais.

Cresce em todo o mundo a minhocultura, ou criação de minhocas, com a finalidade de produzir humo para a agricultura. O humo de minhocas não tem cheiro forte e pode ser armazenado por vários meses sem perda de qualidade. As minhocas são também utilizadas para a fabricação de rações animais, pois são relativamente ricas em proteínas.

Os cientistas descobriram que as minhocas podem ser usadas para medir os níveis de poluição do solo. Como esses anelídeos se alimentam de grande quantidade de terra com restos de vegetais, alguns poluentes, como certos inseticidas, podem fica retidos em seu organismo.

Retirando um pouco do líquido corpóreo das minhocas, os cientistas conseguem estimar a quantidade de certas substâncias tóxicas no solo. Acrescentam ao líquido certos corantes que reagem rapidamente com essas substâncias, em caso positivo de poluição.

A cisticercose é uma doença causada pela ingestão de ovos de Taenia solium. Neste caso, ocorre no corpo humano aquilo que se verifica no porco. Os embriões penetram na corrente sangüínea e podem se alojar em órgãos diversos, como os pulmões e o cérebro, onde formam cisticercos. As larvas no cérebro podem provocar dores de cabeça, convulsões, alterações visuais e até a morte.

Alguns remédios são utilizados na tentativa de destruir os cisticercos, mas, muitas vezes, é feita uma cirurgia para extraí-los.

Até organismos relativamente simples como os platelmintos podem aprender.

Em laboratório, num labirinto com caminhos brancos e pretos, uma planária levava um choque sempre que escolhia o caminho preto. Então ela se virava para o caminho pintado de branco. Após o "treinamento", a planária passou a atravessar o caminho sem errar, escolhendo apenas os atalhos brancos.

Experimentos diversos também indicaram que platelmintos não "treinados", mas alimentados com carne de platelmintos "treinados", atravessaram corretamente o caminho, mostrando que essa aprendizagem fica memorizada no organismo do animal.

FONTE: https://biomania.com.br/artigo/platelmintos-nematelmintos-e-anelideos

AULAS 08 e 09 - INTRODUÇÃO AS TEORIAS DA EVOLUÇÃO


FONTE: https://www.resumoescolar.com.br/biologia/teorias-da-evolucao/


TEORIAS DA EVOLUÇÃO


De onde viemos? Essa é uma das grandes questões da humanidade, que mesmo diante de imensos esforços dos cientistas, permanece sem uma resposta definida e fechada. O que existem são teorias diferentes que tentam demonstrar qual seria a origem da vida, a partir de certas perspectivas, que podem ser científicas, religiosas, filosóficas.
Teoria da Evolução
Existe uma grande divisão entre o criacionismo e as teorias evolucionistas. O criacionismo é a linha de pensamento orientada, sobretudo, pela religião, segundo a qual, Deus teria criado todas as coisas e criaturas. Em religiões diferentes, a teoria criacionista aparece de formas diferentes, mas a sua essência é atribuir a vida a uma divindade.
Por outro lado, as teorias evolucionistas tentam demonstrar como as espécies vivas teriam se desenvolvido a partir ideias mais palpáveis, que possam ser observadas, testadas e comprovadas. E são essas teorias, as principais delas, que você vai conhecer agora.

Noções gerais sobre as teorias da evolução

O evolucionismo é representado por três grandes teorias (que não necessariamente divergem completamente em todos os aspectos):
  • Darwinismo
  • Lamarckismo
  • Neodarwinismo
Quando falamos em teorias evolucionistas, estamos nos referindo a uma série de pesquisas que ainda estão em andamento, afinal, muitos cientistas contemporâneos se dedicam ao estudo da evolução das espécies, podendo aparecer algo novo a qualquer momento. Charles Darwin é o maior expoente do evolucionismo, tendo estudado durante o século XIX, baseando-se em comparações entre espécies aparentadas que viviam em diferentes regiões. Também observava algumas características em comum entre animais que estavam em extinção.
Darwin lançou bases de estudo que são utilizadas até hoje, na corrente do Neodarwinismo, por exemplo. Mas Lamarck também não pode ter a sua importância ignorada, visto que ele defendeu ideias revolucionárias para a sua época.

Principais teorias da evolução e suas características

Após conhecer um panorama geral sobre o evolucionismo, vamos ver quais são as principais teorias, uma a uma, e o que as caracteriza.
  • Lamarckismo
Jean Lamarck ficou muito famoso por defender a famosa teoria do “Uso e Desuso”. Vamos explicar melhor: esse pesquisador acreditava que as características das espécies sofriam modificações ao longo do tempo. Isso foi uma grande revolução em uma época em que a teoria fixista vigorava, ou seja, em que se acreditava que uma espécie não podia mudar.
De acordo com Lamarck os órgãos e estruturas que eram utilizados se desenvolviam, enquanto os demais sofriam um atrofiamento. Ele acreditava, por exemplo, que as girafas tiveram o pescoço curto em algum momento da sua trajetória, mas como tinham que esticá-lo para alcançar as folhagens e conseguirem se alimentar, ele acabou crescendo. Essa característica do pescoço longo, portanto, teria sido adquirida e repassada para os descendentes, conforme a teoria de Lamarck.
Embora tenha sido inovador, hoje se sabe que não funciona assim. Uma característica que é adquirida não é passada para os descendentes. Por exemplo: se um casal que sofre de obesidade por problemas genéticos fizer redução de estômago e mudar os hábitos para perder peso, esse emagrecimento não será repassado aos filhos.
  • Darwinismo
teoria da evolução de Darwin é a mais conhecida. Ele instituiu a Lei da Seleção Natural, segundo a qual, quem sobrevive na natureza não é necessariamente o mais forte, e sim o mais apto. E como consequência dessa sobrevivência, ele passa seus genes aos descendentes.
Darwin realizou uma viagem para as Ilhas Galápagos e foi lá que observou que alguns animais eram mais preparados para enfrentar as adversidades, como temperaturas extremas ou alimento inacessível. Essas espécies sobreviviam e passavam suas características para a prole. Consequentemente, vão permanecendo na natureza as espécies mais aptas e é isso que provoca a evolução.
  • Neodarwinismo
É uma evolução da teoria de Darwin, que diz que a seleção natural é um dos fatores responsáveis pela evolução das espécies, mas não é a única.
De acordo com o Neodarwinismo, existem outros elementos que também favorecem a evolução, como as mutações genéticas. Mudanças nos genes e nas características de uma espécie aumenta a variabilidade genética de uma população, porque são transmitidas hereditariamente.
deriva genética acontece em populações pequenas, nas quais a variedade de genótiposdiminui, até que um gene pode ser completamente excluído daquele grupo. Já o chamado fluxo gênico consiste na introdução de alelos em uma comunidade que são provenientes de indivíduos de fora, migrantes, sendo mais um fator que aumenta a variabilidade genética. Essa variabilidade favorece a evolução.
No Neodarwinismo, a seleção natural pode ser de três tipos:
Estabilizadora: indivíduos com genótipos que determinam características muito extremas tendem a ser eliminados;
Direcional: uma característica é favorecida em detrimento de outra;
Disruptiva: duas características opostas são favorecidas, o que forma grupos distintos.
Nota-se que o Neodarwinismo é a teoria da evolução mais aceita hoje em dia, mantendo as ideias corretas de Charles Darwin, mas aprofundando-as, com base nos recursos de pesquisa e na tecnologia que foram melhorando ao longo do tempo.




quinta-feira, 26 de setembro de 2019

PRÁTICA SOBRE ALGAS CED 14

INSTRUÇÕES:

NA PRÓXIMA QUINTA DIA 03/10 ESTAREMOS REALIZANDO UMA PRÁTICA SOBRE ALGAS NO LABORATÓRIO.
VALOR DA PRÁTICA SERÁ DE ATÉ 1,5 PONTOS SENDO DIVIDIDOS:
MONTAGEM DO MODELO 3D - ATÉ 0,5 PONTOS.
APRESENTAÇÃO DO MODELO - ATÉ 0,5 PONTOS.
PREENCHIMENTO DO FORMULÁRIO - ATÉ 0,5 PONTOS.

CADA GRUPO É RESPONSÁVEL POR TRAZER O MATERIAL NECESSÁRIO PARA A MONTAGEM DO MODELO 3D DO TEMA ESCOLHIDO.

NÃO OCORRERÁ RECOMPOSIÇÃO DE NOTA FORA OS CASOS  LEGAIS, POR TANTO NÃO DEIXE DE PARTICIPAR DA PRÁTICA.

SE QUISEREM ADIANTAR PARTE DO PREENCHIMENTO DO RELATÓRIO DA PRÁTICA BASTA ACESSAR O LINK ABAIXO.

AT.TE PROF DENEIR 



quarta-feira, 18 de setembro de 2019

MICROBIOMA HUMANA


Análise das questões.
1)      O que é microbioma?
2)      Por que é importante conhecermos o microbioma humano?
Texto base :
Amon P, Sanderson I. Arch Dis Child Educ Pract Ed20 17;102:258–261
Pensando em números. Quantas células temos em um ser humano? Em qualquer pesquisa rápida na internet você encontraria um número que pode chegar a 10 trilhões, porém, esse número pode ser 10 vezes maior se contarmos com os microrganismos que nos habitam, nossa pele, intestinos, boca e aparelhos genitais são tomados por uma infinidade de populações de seres que na sua grande maioria contribuem para o funcionamento do nosso organismo.
Há essas bactérias, vírus e fungos que nos habitam e suas inter e intra relações  chamamos  de microbioma, essas associações lembram as relações que podemos observar nos Biomas clássicos ecológicos, temos mutualismos, comensalismos, parasitismos, competição intra e interespecíficas, presumo que na próxima vez que ser olhar num espelho terá uma imagem mais ampla de você mesmo.
Como em qualquer Bioma ações que venham a alterar as relações entre as populações vão gerar um novo equilíbrio que pode ser desfavorável. Imaginemos a situação onde fazemos uso de um antibiótico para tratar uma infecção na garganta, esses medicamentos diminuem as populações de quase todas as bactérias que nos povoam e num microbioma competitivo favorecemos o aumento das populações de fungos, assim, pode ser que você se cure da dor de garganta e ganha uma boca cheia de aftas por conta da candidíase.
Recentemente pesquisas ampliaram a importância do microbioma  para o indivíduo e para a espécie, podemos destacar que mudanças nas espécies presentes em nosso intestino podem influenciar o aparecimento da doença do intestino irritável, da enterocolíte necrosante, alergia, asma, diabetes tipo I e até mesmo piorar a vida de quem tem desordens do espectro autista. Como uma dica fica a informação que nosso microbioma está diretamente relacionado ao bom funcionamento do nosso sistema imunológico, assim, alterando um alteramos a respostado outro.
O lado positivo de conhecermos nosso microbioma é que podemos usá-lo para atuar nas situações de desequilíbrios, já imaginou poder esquecer dos antibióticos tomando uma pílula de bactérias. Pense nisso.




AULA - FUNGOS


Os fungos são seres macroscópicos ou microscópicos, unicelulares ou pluricelulares, eucariotas (com um núcleo celular), heterótrofos e, na biologia, fazem parte do ReinoFungi, dividido em cinco Filos, a saber: quitridiomicetosascomicetosbasidiomicetoszigomicetos e os deuteromicetos.
Especialistas afirmam que cerca de 1,5 milhão de espécies de fungos habitam o planeta Terra, como os cogumelos, as leveduras, os bolores, os mofos, sendo utilizados para diversos fins: culinária, medicina, produtos domésticos. Por outro lado, muitos fungos são considerados parasitas e transmitem doenças aos animais e as plantas.
Quer ler também sobre o Reino Fungi? Acesse o link.

Habitat dos Fungos

Os fungos possuem diversos tipos de habitat visto que são encontrados no solo, na água, nos vegetais, nos animais, no homem e nos detritos em geral.

Reprodução dos Fungos

Os fungos podem se reproduzir de maneira sexuada ou assexuada, sendo o vento considerado um importante condutor que espalha os propágulos e fragmentos de hifa, favorecendo, assim, a reprodução e a proliferação dos fungos.

Reprodução Assexuada

Nesse tipo de reprodução não há fusão dos núcleos e através de mitoses sucessivas, a fragmentação do micélio originará novos organismos. Além do processo de fragmentação, a reprodução assexuada dos fungos pode ocorrer por meio do brotamento e da esporulação.

Reprodução Sexuada

Esse tipo de reprodução ocorre entre dois esporos divididos, em três fases:
  1. Plasmogamia: Fusão de protoplasma;
  2. Cariogamia: Fusão de dois núcleos haploides (n) para formar um núcleo diploide (2n);
  3. Meiose: Núcleo diploide se reduz formando dois núcleos haplóides.

Alimentação dos Fungos

Diferentemente das plantas, os organismos do Reino Fungi não possuem clorofila, nem celulose e, com isso, não sintetizam seu próprio alimento. Eles liberam uma enzima chamada de exoenzima, que os auxiliam na digestão dos alimentos.
De acordo com o tipo de alimentação, os fungos são classificados em:
  • Fungos Saprófagos: Obtêm alimentos decompondo organismos mortos;
  • Fungos Parasitas: Alimentam-se de substâncias de organismos vivos;
  • Fungos Predadores: Alimentam-se de pequenos animais que capturam.

Doenças Relacionadas aos Fungos

Algumas doenças provocadas por fungos:
  • Micoses;
  • Frieiras;
  • Sapinho;
  • Candidíase;
  • Histoplasmose.
Saiba mais sobre as Doenças Causadas por Fungos.

Curiosidades

  • A ciência que estuda os fungos é chamada de “Micologia”;
  • Depois de muitas pesquisas, somente em 1969 os fungos foram considerados organismos diferentes das plantas, sendo, portanto, classificados num reino específico: Reino Fungi;
  • Dentre a variedade de espécies de fungos existentes no planeta, a maior parte é classificada como saprofágica, ou seja, se alimenta de seres em decomposição;
  • Os liquens são organismos formados pela simbiose de um fungo (micobionte) e uma alga (fotobionte), baseados numa relação harmônica interespecífica.

ATENÇÃO

SEJAM BEM VINDOS ESTUDANTES DO CED 11

ESTE BLOG TEM A INTENÇÃO DE FACILITAR O ACESSO DE VOCÊS AS CONTEÚDOS DE UMA FORMA MAIS MIDIÁTICA QUE EM SALA APROVEITEM BEM. PARA RECE...