sábado, 26 de agosto de 2017

AULA SOBRE GENÉTICA DE POPULAÇÕES



Genética populacional

Mestrado em Genética (UFMG, 2011)
Graduação em Ciências Biológicas (PUC-Minas, 2008)

genética de populações ou genética populacional é um campo matemático da biologia que estuda a composição genética das populações e as mudanças nesta composição que resultam da influência de vários fatores.
Os fatores que influenciam a diversidade genética dentro de um conjunto de genes incluem o tamanho da população, mutação, deriva genética, a seleção natural, a diversidade ambiental, a migração e os padrões de acasalamento não-aleatórios. Nesta área da genética também são estudos fenômenos como adaptação, especiação, subdivisão da população e estrutura da população.
A variação genética de uma população que se reproduz aleatoriamente resulta em uma distribuição de equilíbrio de genótipos após uma geração. Essa distribuição é chamada de equilíbrio de Hardy-Weinberg. O modelo de Hardy-Weinberg traz que a reprodução sexual mantém a variação genética constante geração após geração, no qual não há forças evolutivas em ação além das impostas pela própria reprodução. Assim, o modelo de Hardy-Weinberg prevê que a soma das frequências alélicas (p+q) seja igual a 1, e a soma das frequências genotípicas (p² + 2pq + q²) seja também 1, o que indica a viabilidade dos indivíduos que possuem os alelos em estudo.
Em populações naturais, no entanto, a composição genética do conjunto de genes de uma população pode mudar ao longo do tempo. A fonte principal de toda variação é a mutação, mas suas taxas são lentas e apenas a mutação em si não responde pelas mudanças rápidas na genética de uma população. Assim, em populações naturais, a frequência quantitativa dos genótipos pode ser mudada por recombinação, imigração de genes e eventos mutacionais.
A migração deve ser compreendida como qualquer introdução de genes de uma população para outra, fazendo com que a população resultante tenha uma frequência intermediária ao valor das populações original e imigrante.
A deriva genética ocorre como resultado de flutuações aleatórias na transferência de alelos de uma geração para a próxima, especialmente em pequenas populações formadas, por exemplo, como resultado de condições adversas ambientais (o efeito gargalo) ou a separação geográfica de um subconjunto da população (o efeito fundador).
A genética populacional vê a seleção natural como uma propensão ou probabilidade de sobrevivência e reprodução em um ambiente particular. Os efeitos de seleção natural sobre um determinado alelo podem ser direcionáveis. Um alelo pode conferir uma vantagem seletiva, e se expandir pelo conjunto de genes, ou ele pode significar uma desvantagem seletiva, e fazer a espécie desaparecer a partir dele.
Atualmente, a variação genética dentro das populações e espécies pode ser analisada ao nível das sequências de nucleotídeos em DNA (análise do genoma) e as sequências de aminoácidos das proteínas (de análise do proteoma). As diferenças genéticas entre as espécies podem ser usadas para inferir a história evolutiva, na base de que os parentes mais próximos terão conjuntos de genes que são mais similares.
Referências Bibliográficas:
Griffiths, A. J. F., Wessler, S. R., Lewontin, R. C., Carroll, S. B. Introdução à genética. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
Yotoko, K. Genética de populações. Universidade Federal de Viçosa. Disponível em: <ftp://www.ufv.br/DBG/Bio642/Bio240/Karla/apostilas/GEnetica%20de%20Populacoes%201.pdf>

RETIRADO DO SITE: http://www.infoescola.com/biologia/genetica-populacional/

AULA SOBRE OS MECANISMOS DE DIFERENCIAÇÃO DAS ESPÉCIES

Conceito de espécie 
Para melhor compreensão dos fatos se faz necessário determinar com clareza qual conceito de espécie está sendo levado em conta. Neste caso está sendo considerada a definição clássica, segundo o conceito biológico de Mayr (1942, 1963), que define espécie como uma população de organismos naturais que se entrecruzam e estão isolados reprodutivamente de grupos semelhantes por características biológicas ou biogeográficas. O principal critério empregado nesse conceito é o isolamento reprodutivo pré e pós-zigótico. Entretanto, ele não pode ser aplicado quando se está avaliando organismos fósseis, organismos exclusivamente assexuados ou híbridos viáveis e férteis. Visando suprir essa deficiência também está sendo levado em conta o conceito evolutivo definido por Wiley (1981). Nesse caso, espécie é considerada uma única linhagem de população ancestral-descendente que mantém sua identidade em relação a outras linhagens e que possui sua própria tendência evolutiva e destino histórico.
RETIRADO DO LIVRO - http://www.scielo.br/pdf/hcsm/v20n4/0104-5970-hcsm-20-04-01671.pdf
O LINK PARA A O LIVRO COMPLETO  :



MUTAÇÃO E SELEÇÃO NATURAL: FATORES EVOLUTIVOS?
Ó 1999 Marcia Oliveira de Paula
 INTRODUÇÃO
De acordo com a teoria da evolução, a vida na terra começou com a evolução da célula, a partir da qual se desenvolveram os organismos mais simples. Estes deram origem aos organismos mais complexos. Todos os novos genes e novas informações surgiram por mutação e recombinação. As mutações ocorrem ao acaso. A maioria delas são deletérias e diminuirão a adaptação dos organismos ao meio ambiente. Novas combinações do material genético são formadas através da recombinação de genes que ocorre na meiose, durante a reprodução sexuada. A seleção natural elimina as mutações deletérias e preserva as combinações disponíveis que estão melhor adaptadas ao ambiente.
Pode-se então perceber que, segundo a teoria da evolução, a mutação e seleção natural constituem-se nos principais fatores evolutivos. Mas será que elas somente seriam capazes de, a partir de organismos unicelulares, originar toda a grande variedade de seres vivos que temos hoje?
 MECANISMOS EVOLUTIVOS
Existem quatro explicações normalmente oferecidas para a variação observada dentro de uma espécie e entre espécies diferentes: influências ambientais, mutação, recombinação e seleção natural.
 Influências ambientais
Respostas a diferentes fatores ambientais podem produzir diferenças entre indivíduos, mas isso não ocorre devido a novos genes, mas sim devido à expressão de genes que já estavam presentes. Por exemplo, os abetos Englemann existentes nas Montanhas Rochosas atingem 25 metros na altitude de 2700 metros, mas apresentam formas anãs grotescas na altitude de 3000 a 3300 metros. A variação ambiental não afeta a linhagem, isto é, se as sementes forem plantadas em outro ambiente, as plantas se desenvolverão de acordo com o novo ambiente, e não com o velho.
  Mutação
A mutação pode ser definida como um evento que dá origem a alterações qualitativas ou quantitativas no material genético. Podem ser de dois tipos:
-Mutação gênica ou mutação de ponto
São alterações muito pequenas que não afetam os cromossomos de maneira visível, pois envolvem alterações num número reduzido de nucleotídeos da molécula de DNA. Podem ser substituições de bases ou adições ou deleções de nucleotídeos na molécula de DNA.
-Mutação cromossômica ou aberração cromossômica
São mutações que alteram de maneira visível ao microscópio, seja o número, seja a estrutura dos cromossomos.
As aberrações cromossômicas podem ser:
1. Numéricas: envolvem alterações no número cromossômico. Estas podem ser subclassificadas em euploidias e aneuploidias.
Euploidias - um indivíduo ou célula diplóide normal tem dois genomas (2n). Euplóides são células ou organismos nos quais o número de genomas (n) ocorre em múltiplos inteiros (n, 3n, 4n, 5n, etc.).
Aneuploidias - neste tipo de modificação, o número de cromossomos do genoma fica alterado, formando complementos somáticos que são múltiplos irregulares do genoma característico da espécie. Assim, o indivíduo tem cromossomos a mais ou a menos em um dos pares, mas não em todos.
2. Estruturais: afetam a estrutura dos cromossomos, ou seja, o número ou o arranjo dos genes nos cromossomos. Podem ser subclassificadas em:
Deficiência ou deleção - é a perda de uma porção maior ou menor do cromossomo, resultando na falta de um ou mais genes.
Duplicação - é o produto da presença de uma porção extra de cromossomo, resultando na repetição de um ou mais genes.
Inversão - ocorre quando, num determinado segmento de cromossomo, houver duas fraturas, seguidas da subsequente soldadura do fragmento mediano, agora, porém, colocado em posição invertida.
Translocação - ocorre quando os fragmentos de um cromossomo são transferidos para outro cromossomo não homólogo.
O fenômeno da mutação é um componente da maior importância do modelo evolucionista. Este precisa pressupor algum mecanismo que produza o processo ascendente requerido em termos de complexidade, que caracteriza o modelo em sua dimensão mais ampla. E a mutação é supostamente este mecanismo.
Porém, alguns fatos experimentais sobre as mutações devem ser considerados:
1. As mutações são feitas ao acaso, e não dirigidas.
Não há forma alguma de controlar as mutações, para fazer com que elas produzam as características que possam ser necessárias. A seleção natural precisa simplesmente aproveitar-se do que der e vier.
2. As mutações são raras.
A freqüência estimada da maioria das mutações nos organismos superiores é de uma em dez mil a uma em um milhão por gene por geração.
3. A maioria das mutações é deletéria.
As aberrações cromossômicas geralmente têm efeitos bastante drásticos sobre os indivíduos que as possuem. Com relação às aberrações numéricas, as alterações fenotípicas produzidas pela adição ou subtração de um cromossoma (aneuploidia) são tão drásticas que tornam estes tipos de aberrações praticamente sem importância na evolução. Euploidias são muito raras em animais, mas em vegetais podem originar novas espécies. As aberrações cromossômicas estruturais também podem ter efeitos bastante graves. Pequenas deficiências podem comprometer substancialmente a viabilidade de seus portadores. Já as duplicações são mais comuns e menos prejudiciais que as deficiências. Segundo alguns autores, as duplicações fornecem um meio de introduzir novos genes numa população. Estes novos genes poderiam sofrer mutação sem causar grandes danos ao organismo, pois as enzimas indispensáveis estão sendo sintetizadas pelo gene não alterado.
A maioria das milhares de mutações gênicas estudadas é deletéria e recessiva. É altamente improvável que uma mutação possa ser construtiva. Mudanças casuais em qualquer sistema complexo integrado provavelmente perturbarão o sistema. Por exemplo, mutações nos genes das moscas das frutas podem causar perda ou redução das asas, mudanças na cor dos olhos e outras. O fato de que as mutações são normalmente neutras ou deletérias contradiz o ponto de vista de que as mutações constituem um mecanismo para o avanço de uma espécie.
Apesar de que a maioria das mutações torna os organismos menos eficientes, sendo assim desvantajosas, existe a possibilidade de desenvolver novas características desejáveis através da indução de mutações, principalmente em plantas. Por exemplo, já foram obtidos mutantes de cevada que apresentam aumento na produção, resistência a doenças causadas por fungos, caule mais rijo, aumento no conteúdo de proteínas e sementes sem casca.
Algumas mutações são neutras, ou seja, não diminuem a sobrevivência das espécies.
Para que uma espécie se torne mais complexa, é necessário mais que uma simples mutação em um gene: são requeridos novos genes. Mas adicionar simplesmente um novo gene pode não funcionar. Genes não trabalham isolados. Ao contrário, o conjunto de genes de um organismo trabalha junto para produzir o organismo. Um novo gene precisa interagir apropriadamente com todos os outros genes para que o organismo sobreviva. Além disso, vários novos genes seriam necessários para produzir uma nova estrutura e um organismo mais complexo. Cada novo gene requereria um gene regulador. Além disso, cada novo gene teria que operar em um determinado momento no desenvolvimento para que a nova estrutura se desenvolvesse corretamente. Não parece razoável esperar que mesmo um novo gene apareça por acaso, quanto mais diversos genes altamente coordenados trabalhando juntos para produzir uma nova estrutura.
Recombinação
Recombinação é a mistura de genes que ocorre durante a meiose, para formação dos gametas. Essa recombinação é responsável pela singularidade de cada indivíduo de uma mesma espécie. A probabilidade de que dois indivíduos da mesma irmandade sejam iguais é praticamente zero.

Seleção natural
Segundo a teoria da evolução, a mudança começa com o material genético fornecido por mutações casuais e recombinação. A seleção natural é o processo chave que age sobre a casualidade da mutação e seleciona as características apropriadas para melhorar a adaptação dos organismos. A maioria das mutações é deletéria, mas a seleção natural é efetiva em eliminar as mutações mais destrutivas e preservar as benéficas. Consequentemente o efeito resultante é para cima, melhorando a adaptação ao ambiente, e consequentemente levando à produção de novos genes, novas adaptações e mesmo novos sistemas de órgãos.
Um exemplo de seleção que ocorre em condições naturais é o do melanismo industrial. Um dos exemplos clássicos envolvendo mudanças causadas por seleção natural é o que se refere ao aumento de formas melânicas em populações de mariposas. Na mariposa Biston betularia, até a primeira metade do século XIX, a única forma conhecida era branco acinzentada, salpicada de pontos pretos. Exemplares escuros eram encontrados muito raramente. Em Manchester, Inglaterra, a primeira referência de um exemplar escuro data de 1848. Entretanto, em 1895, aproximadamente 98% dos exemplares coletados eram escuros. O que aconteceu para ocasionar essa mudança? Com a industrialização crescente de várias regiões inglesas, a fuligem produzida pelas fábricas enegreceu lentamente muros e troncos de árvores. Num ambiente sem fuligem, as mariposas claras confundem-se melhor com os troncos das árvores, que são cobertos por liquens. Ao contrário, as de cor escura são enxergadas pelos pássaros, predadas mais facilmente e têm menores chances de transmitirem seus genes a seus descendentes. Quando, porém, o ambiente fica enegrecido pela fuligem, a situação se inverte: as mariposas escuras se escondem melhor dos predadores, sobrevivem e se reproduzem com maior freqüência do que as claras. A cor escura, neste caso, acaba por predominar na população. Hoje já se sabe que a cor da mariposa é hereditária e depende de um par de genes, sendo a variedade escura condicionada por um gene dominante.
As observações da seleção natural, ao invés de mostrarem que ela é capaz de produzir mudança genética ilimitada, revelam os seus limites potenciais para mudança. No caso das mariposas descrito anteriormente houve apenas uma alteração na freqüência do gene para cor.
Outra observação da seleção natural mostra o seu potencial limitado para mudanças. Os famosos tentilhões de Darwin, localizados nas Ilhas Galápagos, são classificados em treze espécies colocadas em dois gêneros, e são sempre usados como exemplo de seleção natural e irradiação adaptativa. Estes tentilhões, em lugar de apresentar fortes argumentos a favor de um mecanismo para grandes mudanças, são uma ilustração de mudança limitada. Apesar de os tentilhões serem diferentes entre si com relação aos seu bicos e plumagens, eles são muito semelhantes internamente, e realmente não são muito diferentes um do outro. As várias espécies de tentilhões foram capazes de se estabelecer graças à sua habilidade de encontrar e preencher um nicho ecológico vazio.
O criacionismo sugere que a mutação e seleção natural não são capazes de produzir um aumento na complexidade originando novos genes e órgãos. Elas só são capazes de mudar os animais dentro das restrições de seu potencial genético original. A seleção natural age também como um freio, para eliminar muitos dos indivíduos que foram enfraquecidos pelas mutações e assim diminuir as forças destrutivas que se originam da mutação.
Essa interpretação da seleção natural feita pelo criacionismo não é realmente uma idéia nova ou radical, e não vai contra os dados disponíveis. Muitos cientistas não criacionistas se questionam se a seleção natural pode realmente fazer algumas das coisas que a teoria da evolução afirma que ela faz. Eles não sugerem que os animais foram criados, mas que o processo tradicional da mutação de ponto e seleção natural não é o processo que gera mudança evolutiva significativa. O criacionismo reconhece que a seleção natural é uma força significativa, mas sugere que ela não é capaz de gerar novas estruturas significativas, e que não há outro mecanismo evolutivo que possa fazer isso.
Mesmo que a mutação ou a recombinação realmente pudessem produzir algo verdadeiramente novo, para que sobre isso a seleção natural agisse, essa novidade quase certamente seria rapidamente eliminada. Uma nova característica estrutural ou orgânica que conferisse uma vantagem verdadeira na luta pela existência - por exemplo, uma asa para um animal anteriormente terrestre, ou um olho para um animal até então sem olhos - seria inútil ou até mesmo prejudicial, enquanto não estivesse plenamente desenvolvido. Não haveria razão para que a seleção natural favorecesse uma asa incipiente ou um olho incipiente ou qualquer outra característica incipiente. Indivíduos com órgãos incipientes sem utilidade estariam em desvantagem, e poderiam ser eliminados pela seleção natural. Não obstante, de alguma forma, se o modelo evolucionista é válido, as asas "evoluíram" em quatro ocasiões diferentes ( em insetos, répteis voadores, aves e morcegos) e olhos "evoluíram" independentemente pelo menos três vezes. Salisbury comentou este fato notável como se segue: "A minha última dúvida refere-se à chamada evolução paralela... Até algo tão complexo como o olho apareceu várias vezes, por exemplo, nas lulas, nos invertebrados e nos artrópodes. Já é suficientemente difícil prestar esclarecimento acerca da origem de tais coisa uma vez, mas o pensamento de produzi-los várias vezes, de acordo com a teoria da evolução, faz com que a minha cabeça gire." Além disso, um órgão não precisa apenas estar completo: ele precisa trabalhar em harmonia com outros órgãos. Que vantagem haveria se um olho pudesse ver um inimigo se aproximando mas se não houvesse conexões nervosas para produzir uma resposta?
 CONCLUSÃO

Mutação e seleção natural são fatores que podem gerar diversidade em populações naturais, levando provavelmente, aliadas a outros fatores, à formação de novas raças e espécies, ou seja, mudança genética limitada. Mutação e seleção natural podem modificar informações, mas elas não podem criar novas informações. Portanto, estes fatores nunca poderiam levar a um aumento de complexidade, indispensável para a teoria da evolução. E não existe nenhum mecanismo genético plausível que possa levar a este aumento de complexidade.

RETIRADO DO SITE - http://origins.swau.edu/papers/evol/marcia3/defaultp.html


AULA SOBRE TEORIAS DA EVOLUÇÃO

Teorias Evolucionistas

“A crença de que as espécies eram produtos imutáveis era quase inevitável enquanto se considerou ser de curta duração a história do mundo [...] A principal causa de nossa relutância a admitir que uma espécie originou espécies claras e distintas é que sempre somos lentos para admitir grandes mudanças as quais não vemos as etapas”. (Charles Darwin, A origem das espécies)

O primeiro Darwin a estudar a evolução não foi Charles, mas sim Erasmus, seu avô. Ele achava que as espécies se adaptavam ao meio, por uma espécie de esforço consciente. A teoria dos caracteres adquiridos. Mas foi seu contemporâneo Jean-Baptiste Lamarck que ficou mais famoso defendendo uma teoria semelhante, a do “Uso e Desuso”Segundo ele os órgãos se aperfeiçoavam com o uso e se enfraqueciam com a falta de uso. Mudanças que são preservadas e transmitidas a prole. O exemplo mais típico seria do pescoço da girafa, que cresceria a medida que ela o estica para alcançar as folhas mais altas das árvores. Confira na figura abaixo.

A teoria de Lamarck era uma espécie de Darwinismo ao contrário, com os organismos controlando seu próprio desenvolvimento. Suas idéias eram bastante intuitivas e mais cativantes por se adaptarem mais facilmente ao senso comum. Suas teorias sofriam de um problema de seleção das observações e sua abordagem de carência de comprovação científica. Comprovação essa que ele se recusou a apresentar (e nem conseguiria). Claro, se amarrarmos o braço de um bebe junto ao seu corpo, e o mantivermos assim por 30 anos, os músculos não iram se desenvolver, e com o tempo vão atrofiar perdendo a capacidade de se desenvolver. Esse adulto terá os braços com tamanhos desiguais. Mas ao contrário do que Lamarck previa, os filhos desse homem não nascerão com braços pequenos. Assim como as cicatrizes que adquirimos durante nossa vida não são transmitidas a nossos filhos.

O homem e seu antropocentrismo. Mesmo quando as evidências de um planeta que era mais velho do que a bíblia descreverá se acumulavam, ainda era difícil aceitar que a o homem já teria sido “menos que um homem”.
A Teoria de Darwin
Charles Darwin (1809-1882), naturalista inglês, desenvolveu uma teoria evolutiva que é a base da moderna teoria sintética: a teoria da seleção natural. Segundo Darwin, os organismos mais bem adaptados ao meio têm maiores chances de sobrevivência do que os menos adaptados, deixando um número maior de descendentes. Os organismos mais bem adaptados são, portanto, selecionados para aquele ambiente.
Os princípios básicos das idéias de Darwin podem ser resumidos no seguinte modo:
  • Os indivíduos de uma mesma espécie apresentam variações em todos os caracteres, não sendo portanto idênticos entre si.
  • Todo organismo tem grande capacidade de reprodução, produzindo muitos descendentes. Entretanto, apenas alguns dos descendentes chegam à idade adulta.
  • número de indivíduos de uma espécie é mantido mais ou menos constante ao longo das gerações.
  • Assim, há grande "luta" pela vida entre os descendentes, pois apesar de nascerem muitos indivíduos poucos atingem a maturalidade, o que mantém constante o número de indivíduos na espécie.
  • Na "luta" pela vida, organismos com variações favoráveis ás condições do ambiente onde vivem têm maiores chances de sobreviver, quando comparados aos organismos com variações menos favoráveis.
  • Os organismos com essas variações vantajosas têm maiores chances de deixar descendentes. Como há transmissão de caracteres de pais para filhos, estes apresentam essas variações vantajosas.
     
  • Assim, ao longo das gerações, a atuação da seleção natural sobre os indivíduos mantém ou melhora o grau de adaptação destes ao meio.

A Teoria sintética da evolução  

Teoria sintética da evolução ou Neodarwinismo foi formulada por vários pesquisadores durante anos de estudos, tomando como essência as noções de Darwin sobre a seleção natural e incorporando noções atuais de genética. A mais importante contribuição individual da Genética, extraída dos trabalhos de Mendel, substituiu o conceito antigo de herança através da mistura de sangue pelo conceito de herança através de partículas: os genes. A teoria sintética considera, conforme Darwin já havia feito, a população como unidade evolutiva. A população pode ser definida como grupamento de indivíduos de uma mesma espécie que ocorrem em uma mesma área geográfica, em um mesmo intervalo de tempo.
Para melhor compreender esta definição, é importante conhecer o conceito biológico de espécie:agrupamento de populações naturais, real ou potencialmente intercruzantes e reprodutivamente isolados de outros grupos de organismos. Quando, nesta definição, se diz potencialmente intercruzantes, significa que uma espécie pode ter populações que não cruzem naturalmente por estarem geograficamente separadas. Entretanto, colocadas artificialmente em contato, haverá cruzamento entre os indivíduos, com descendentes férteis. Por isso, são potencialmente intercruzantes. A definição biológica de espécie só é valida para organismos com reprodução sexuada, já que, já que, no caso dos organismos com reprodução assexuada, as semelhanças entre características morfológicas é que definem os agrupamentos em espécies.
Observando as diferentes populações de indivíduos com reprodução sexuada, pode-se notar que não existe um indivíduo igual ao outro. Exceções a essa regra poderiam ser os gêmeos univitelínicos, mas mesmo eles não são absolutamente idênticos, apesar de o patrimônio genético inicial ser o mesmo. Isso porque podem ocorrer alterações somáticas devidas á ação do meio. A enorme diversidade de fenótipos em uma população é indicadora da variabilidade genética dessa população, podendo-se notar que esta é geralmente muito ampla.
   
A compreensão da variabilidade genética e fenotípica dos indivíduos de uma população é fundamental para o estudo dos fenômenos evolutivos, uma vez que a evolução é, na realidade, a transformação estatística de populações ao longo do tempo, ou ainda, alterações na frequência dos genes dessa população. Os fatores que determinam alterações na frequência dos genes são denominados fatores evolutivos. Cada população apresenta um conjunto gênico, que sujeito a fatores evolutivos , pode ser alterado. O conjunto gênico de uma população é o conjunto de todos os genes presentes nessa população. Assim, quanto maior é a variabilidade genética.
   
Os fatores evolutivos que atuam sobre o conjunto gênico da população podem ser reunidos duas categorias:
  • Fatores que tendem a aumentar a variabilidade genética da população: mutação gênica, mutação cromossômica, recombinação;
  • Fatores que atuam sobre a variabilidade genética já estabelecida: seleção natural, migração e oscilação genética.
A integração desses fatores associada ao isolamento geográfico pode levar, ao longo do tempo, ao desenvolvimento de mecanismos de isolamento reprodutivo, quando, então, surgem novas espécies. Nos capítulos seguintes, esses tópicos serão abordados com maiores detalhes.
INFORMAÇÃO RETIRADA DO SITE : http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/bioselecaonatural2.php


AGORA PARA FIXAR O CONTEÚDO APRESENTO UM LINK DO PROJETO MEDICINA COM UMA LISTA FÁCIL DE EXERCÍCIOS SOBRE EVOLUÇÃO.

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

ENTREVISTA SOBRE A EVOLUÇÃO

UM DOS OBJETIVOS E LANÇARMOS CONTEÚDOS É PROMOVER NO ESTUDANTE A CAPACIDADE DE COMPREENDER E DISCUTIR SOBRE ESTAS TEMÁTICAS.
ASSIM, ASSISTAM AO VÍDEO E DESTAQUEM EM SEUS CADERNOS OS SEGUINTES PONTOS.

DIFERENCIAÇÃO DE ESPÉCIES
SITUAÇÃO LAMARCKISTA
EVOLUÇÃO EM TEMPO REAL
QUEM É MAIS EVOLUÍDO?

ATENÇÃO

SEJAM BEM VINDOS ESTUDANTES DO CED 11

ESTE BLOG TEM A INTENÇÃO DE FACILITAR O ACESSO DE VOCÊS AS CONTEÚDOS DE UMA FORMA MAIS MIDIÁTICA QUE EM SALA APROVEITEM BEM. PARA RECE...