sexta-feira, 5 de agosto de 2022

AULA 01 - SISTEMÁTICA E CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA

SISTEMÁTICA E CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA




É impossível compreender completamente uma área do conhecimento ou mesmo uma teoria, sem saber precisamente qual é o problema subjacente que se está tentando resolver. O problema da sistemática, em particular, é a diversidade biológica. Ou seja, as diferenças entre a miríade de grupos de plantas, animais e organimos unicelulares. A evolução é o grande responsável pela diversidade e uniformidade da vida. Biodiversidade designa os tipos de seres vivos e as variações existentes entre eles. A sistemática é o ramo da biologia que irá estudar esta diversidade, sendo que  seus principais objetivos são:

(1) Descrever esta diversidade.

(2) Desenvolver critérios para organizar esta diversidade.

(3) Compreender os processos que são responsáveis pela geração desta diversidade.
(4) Apresentar um sistema geral de referência sobre esta diversidade.

O trabalho classificatório se desenvolve em duas etapas básicas: trabalho analítico e trabalho classificatório. A classificação de um organismo parte de um trabalho analítico, no qual é feita uma descrição minuciosa do organismo, quando são estabelecidos os caracteres que são particulares, que o individualizam dentre os demais tipos orgânicos similares; é a fase da identificação do tipo orgânico, do estabelecimento da espécie. A classificação completa-se no trabalho sintético, quando é feito um detalhamento dos caracteres comuns, das afinidades – maiores ou menores – entre as várias espécies inventariadas. Isso leva à constituição de agrupamentos cada vez maiores, mais generalizados em seus limites anatômicos, os quais são denominados categorias taxonômicas, ordenadas hierarquicamente; é a fase da classificação propriamente dita.


Categorias taxonímicas (taxon):


. Domínio
· Reino 
· Filo 
· Classe 
· Ordem 
· Família 
· Género 
· Espécie - abrangente


Categorias intermédias: usam-se prefixos como super, sub e infra.



OS DOMÍNIOS BIOLÓGICOS:


A descoberta de que organismos  com um núcleo celular constituem um grupo natural dividiu o mundo vivo em duas categorias distintas, os procariotos( aqueles organismos que carecem de organelas e núcleo envoltos por membranas e sem cromossomos lineares) e os eucariotos( aqueles organismos que realmente possuem  organelas e núcleo envolto por membranas e cromossomos lineares). Investigações de Carl Woese e outros que se iniciaram nos anos 1970, conduziram a divisão dos procariotos em dois grupos distintos, denominados Eubacteria e Archae, ambos muito distintos dos eucariotos ( condensados no dominio Eucarya). Eubacteria compreende nosso conhecimento dos organismos conhecidos como bactérias. Os Archea se asssemelham fortemente ao Eubacteria, mais têm características genéticas e metabólicas que os diferenciam em muito, que os fazem únicos: a composição de seus ribossomos , suas paredes celulares e os tipos lipídicos que compõem suas membranas. Uma tendência do meio científico atual, portanto, classifica os organismos vivos em geral, excetuando vírus, príons e demais complexos proteícos independentes, em três grandes grupos, ou domínios: Archea( as arqueobactérias, unicelulares extremófilos em geral), Eubacteria(bactérias, micoplastos, cianobactérias) e o domínio Eucarya( compreendendo os reinos Protista, Fungi, Plantae e Animalia), embora discussões se aquele grupo natural(reino) pertence ou não a um domínio, determinando mais estudos a nível molecular para sanar estas dúvidas.


O SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DOS CINCO REINOS:

Hoje, utilizamos o sistema de classificação de Whittaker, elaborado em 1969, no qual os seres vivos foram divididos em cinco reinos: Monera, Protista, Fungi, Metaphyta ou Plantae ou Vegetal e Metazoa ou Animalia ou Animal. 

Regras de NOMENCLATURA:
As modernas bases do código de escrita dos nomes científicos foram propostas, no ano de 1758, por Karl Von Linné, quando da publicação de sua obra máxima Sistema Naturae. 
1. Nomes zoológicos de todas as categorias taxonômicas são escritos, obrigatoriamente, a partir de raízes gregas ou latinas e, na falta ou na impossibilidade de usá-las, como palavras corretamente latinizadas. Isso costuma ocorrer com os nomes geográficos e com os nomes patronímios. 

Primates (ordem) ... Latim primus → primeiro 
Anthropoidea (subordem) ... Grego anthropus → homem 

2. Nomes geográficos, que são nomes próprios e não aceitam tradução, referem-se a uma região ou a um acidente geográfico, e devem ser latinizados. A latinização deve obedecer corretamente às declinações e, neste caso, ao gênero neutro em que as palavras terminam em us ou is

Australopithecus africanus →macacos do sul da África 
Australopithecus afarensis → do Afar, Etiópia 

3. Nomes patronímios são aqueles usados para homenagear pessoas. Tratando-se de nomes próprios não podem ser traduzidos, e devem ser latinizados de acordo com o gênero: nomes masculinos terminam em i e nomes femininos terminam em ae. 

Paranthropus boisei →du Bois 
Latimeria chulmanae → Chulmann 

4. A nomenclatura atenta, em primeiro lugar, para a formação do nome da espécie. O nome da espécie é sempre binominal: o primeiro identifica o nome do gênero (genérico), enquanto o segundo identifica o nome específico (não confundir com o nome da espécie). O nome genérico é escrito com inicial maiúscula, enquanto o nome específico, com inicial minúscula. 

Nome da espécie → nome genérico + nome específico 
Homo habilis, Homo erectus, Paranthropus boisei:

FONTE: biologiacelular.comunidades.net/sistematica-e-classificacao-biologica



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