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AULA 02 - VÍRUS E PRÍONS

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Virologia: A virologia é o ramo da Microbiologia que estuda os vírus e suas propriedades.
Vírus são micro (20-300 ηm de diâmetro) agentes infecciosos que apresentam genomaconstituído de uma ou várias moléculas de ácido nucleico (DNA ou RNA), as quais possuem a forma de fita simples ou dupla.

Virologia

Os ácidos nucleicos dos vírus geralmente apresentam-se revestidos por um envoltório proteico formado por uma ou várias proteínas, o qual pode ainda ser revestido por um complexo envelope formado por uma bicamada lipídica.
Essencialmente, os vírus são “ácido nucleico envolvido por um pacote proteico”, inertes no ambiente extracelular, somente sendo capazes de reproduzir-se dentro da célula hospedeira, por isso são frequentemente classificados como “parasitas intracelulares obrigatórios”.



Vírologia
O exemplo mais conhecido de vírus de morfologia complexa são os bacteriófagos (ou fagos). Possuem partícula viral composta por uma “cabeça” (capsídeo), de simetria icosaédrica, e uma cauda helicoidal. by Anderson Brito

Dentre os tópicos relacionados a virologia, estão:
  • Classificação e estrutura viral
  • Replicação viral
  • Patogênese viral
  • Imunologia viral
  • Vacinas virais
  • Terapias virais
  • Métodos de diagnósticos
  • Quimioterapia antiviral
  • Medidas para controle de infecções
  • Epidemias de vírus, etc.
A definição do que venha a ser um vírus passa também pelo debate do que é ou não vida. Um vírus é totalmente inerte fora da sua célula hospedeira, chegando inclusive a formar cristais, como um mineral.
Além disso, depende 100% da maquinaria celular para seu metabolismo, sendo altamente específicos para o tipo celular para o qual atuam.
Os vírus são capazes de infectar seres vivos de todos os domínios (Eukarya, Archaea e Bactéria). Desta maneira, os vírus representam a maior diversidade biológica do planeta, sendo mais diversos que bactérias, plantas, fungos e animais juntos.



Documentário Virologia
Documentário Virologia: Ilustração de virus

Em essência, um vírus é um ácido nucleico cercado por proteínas que o protegem (o capsídeo). O conjunto capsídeo + ac. nucleico = nucleocapsídeo.
Outras estruturas compõem o vírus, como as espículas – estruturas glicoproteicas que ajudam na fixação do vírus a célula hospedeira – e o tegumento – proteínas da matriz, ficam no espaço entre o capsídeo e o envelope e ajudam a manter a estrutura viral.

Vírus são seres vivos?

Há grande debate na comunidade científica sobre se os vírus devem ser considerados seres vivos ou não, e esse debate é primariamente um resultado de diferentes percepções sobre o que vem a ser a vida, por isso existe discordância.



Vírus - virologia
Representação gráfica de um vírus

Aqueles que defendem a ideia que os vírus não são vivos argumentam que organismos vivos devem possuir características como a habilidade de importar nutrientes e energia do ambiente, devem ter metabolismo (um conjunto de reações químicas altamente inter-relacionadas através das quais os seres vivos constroem e mantêm seus corpos, crescem e performam inúmeras outras tarefas, como locomoção, reprodução); etc.
Outro aspecto que distingue vírus e organismos vivos baseia-se no fato dos vírus possuírem consideráveis quantidades de apenas um tipo de ácido nucleico, DNA ou RNA, enquanto todos os organismos vivos necessitam de quantidades substanciais de ambos. Por estes motivos, os vírus são considerados “agentes infecciosos”, ao invés de seres vivos propriamente ditos.
Muitos, porém, não concordam com esta perspectiva, e argumentam que, uma vez que os vírus são capazes de reproduzir-se, são organismos vivos; eles dependem do maquinário metabólico da célula hospedeira. Os vírus se aproveitam da maquinaria celular para se multiplicar. No entanto, diferentemente destes elementos genéticos, os vírus possuem uma forma extracelular por meio da qual o material genético viral é transmitido de um hospedeiro a outro. 

Material Genético




Classificação de vírus
Classificação de vírus. Crédito: NIAID

Em geral, os vírus só apresentam um tipo de material genético – DNA ou RNA (a exceção dos citomegalovírus que tem DNA e um RNAm), que podem ser duplos ou simples, linear ou circular, segmentado ou não. O tipo e o peso deste material genético é o principal critério para classificar os vírus em suas diversas famílias.
Os vírus podem ser classificados como vírus que contêm DNA ou vírus que contêm RNA.
Vírus de DNA: Parvovírus, Papovírus, Adenovírus, Herpesvírus, Poxvírus, Hepadnavírus.
Vírus de RNA: Picornavírus, Calicivírus, Reovírus, Arbovírus, Togavírus, Flavivírus, Arenavírus, Coronavírus, Retrovírus, Bunyavírus, Ortomixovírus, Paramixovírus, Rabdovírus, viroides e outros. Outros conceitos:
Viroide: vírus sem capsídeo, com apenas uma molécula de RNA circular.
Virusoide: vírus que para atuarem patogenicamente precisam da atuação de um outro vírus, como o vírus da hepatite D que precisa do vírus da hepatite B.

DOWNLOAD DA PRANCHA USADA EM SALA

fonte: Wikipedia.org


Príons
Fonte:https://www.rbmt.org.br/details/186/pt-BR/doencas-causadas-por-prions-e-provavel-nexo-ocupacional

Príons são partículas proteicas infecciosas compostas, quase que exclusivamente, por uma proteína conhecida como príon scrapie (PrPsc). A PrPsc é uma forma aberrante de proteína resultante de modificações que ocorreriam na isoforma celular da proteína príon celular (PrPcel), um tipo de glicoproteína, de função ainda desconhecida, expressa constitutivamente na superfície de vários tipos celulares, principalmente os neurônios1. As PrPsc não possuem ácidos nucleicos (ácido desoxirribonucleico – DNA − e/ou ácido ribonucleico – RNA) como os demais agentes infecciosos conhecidos (vírus, bactérias, fungos e parasitas); elas têm a capacidade de se propagar alterando a conformação de PrPcel. As PrPsc são altamente resistentes ao formol, calor e nucleases e sensíveis a fenol, soda, éter, hipoclorito de sódio e fluorocarbonetos. Atualmente, o envolvimento dos príons na etiologia de doenças neurológicas degenerativas, em animais e humanos, já está bem estabelecido, sendo responsabilizados por encefalopatias espongiformes transmissíveis (TSEs)1. As TSEs são caracterizadas pela formação de agregados extracelulares no sistema nervoso central que formam placas amiloides, que rompem as estruturas do tecido normal e deixam "buracos" (vacúolos nos neurônios), resultando no aspecto esponjoso. Ocorre também astrogliose e não são observados sinais de reação inflamatória1. As TSEs têm período de incubação geralmente longo e, uma vez que os sintomas aparecem, a doença progride rapidamente, levando a danos cerebrais e à morte. Os sintomas neurodegenerativos podem incluir convulsões, demência, ataxia e mudanças comportamentais e de personalidade. Todas as doenças priônicas conhecidas, coletivamente denominadas de TSEs, não têm tratamento, não podem ser curadas e são sempre fatais1.
São descritas cinco TSEs que afetam humanos: (1) Kuru; (2) doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ); (3) variante da doença de Creutzfeldt-Jakob (vDCJ); (4) síndrome de Gerstmann-Sträussler-Scheinker (GSS); e (5) insônia familiar fatal (IFF)3.





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