terça-feira, 30 de maio de 2017

AULA SOBRE EVOLUÇÃO

O que é Evolução:

Evolução é o substantivo feminino que indica a ação ou efeito de evoluir. Uma evolução remete para o aperfeiçoamentocrescimento ou desenvolvimento de uma ideia, sistema, costume ou indivíduo.
Etimologicamente, este termo tem origem no latim evolutio, que significa o desdobramento de alguma coisa (antigamente os pergaminhos).
O sentido de evolução como processo biológico de transformação só surgiu no século XIX. Neste caso, a evolução consiste em um conjunto de modificações lentas em direção a um determinado sentido, que remete para um desenvolvimento gradual e progressivo.
No contexto filosófico, a evolução representa uma alteração progressiva de um ser ou de um sistema em direção a um estado final. A hipótese teleológica indica que a evolução pressupõe um estado inicial e final, onde existe a noção de superação.
Na política, a evolução remete para um melhoramento gradual de parâmetros sociais, econômicos e políticos de uma população. É diferente da revolução, porque as mudanças são alcançadas sem violência, através de reformas.
A palavra evolução também pode significar o movimento regular e ajustado de aviões, tropas, aves, navios, etc.

Teoria da Evolução

Conhecida como darwinismo ou evolucionismo, a teoria da evolução se opõe ao Criacionismo e indica que a multiplicidade de organismos existentes atualmente é fruto da modificação lenta e progressiva de algumas espécies. Esta teoria surgiu no século XIX, sendo uma co-autoria entre Charles Darwin e Alfred Wallace. No entanto, antes disso Lamarck já tinha se oposto à teoria de um universo fixo e indicado que os seres vivos atuais eram a evolução de seres mais primitivos.
Filósofos gregos foram os primeiros a ponderar o conceito de evolução e mais tarde Maupartuis, Buffon e Lineu foram os primeiros a mencionar que algumas espécies poderiam evoluir para espécies diferentes.
No âmbito da biologia, a teoria da evolução defende que as espécies se desenvolveram através de mutações lentas ou rápidas, de um estádio rudimentar até apresentarem as suas características atuais. O exemplo mais polêmico e debatido da teoria da evolução é a evolução humana, que indica que o ser humano atual (homo sapiens) é resultado da evolução de espécies mais antigas como o homo habilis ou o homo erectus.

Lamarckismo é uma teoria evolucionista proposta por Jean-Baptiste Lamarck. Segundo ele, a evolução das espécies depende de dois fatores fundamentais. São eles:
Lei do uso e desuso dos órgãos ou 1ª Lei de Lamarck
Segundo esta lei, os organismos desenvolvem seus órgãos segundo suas necessidades e outros se atrofiam decorrentes do desuso. Lamarck procurava explicar características no organismo que podem sofrer adaptações por impulsos internos a fim de estabelecer uma relação harmoniosa com o meio ambiente.
Dessa forma, um órgão passa por transformações sucessivas para atender às necessidades do meio externo.
Lei da herança dos caracteres adquiridos ou 2ª Lei de Lamarck
Segundo esta lei, as alterações sofridas no organismo, ao longo da vida de um determinado ser, eram transmitidas aos seus descendentes por herança hereditária. Sabemos que somente por modificações nos genes é que se recebe uma herança de um antecessor, pois o DNA passa o gene para o RNA e este transfere para a proteína.
Quando o gene é transferido para a proteína não há possibilidade de modificar as informações do RNA e do DNA, portanto não existem condições para que tais alterações sejam hereditárias.
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/lamarckismo.htm
Darwinismo é um termo prático que se refere aos estudos desenvolvidos por Darwin e sua implicação nos estudos do meio ambiente, do processo evolutivo dos seres vivos e da própria organização da vida no planeta.
Darwin, através dos estudos realizados por Malthus, sabia que o potencial de crescimento das populações é muito maior do que o potencial do meio ambiente em gerar recursos para manter e alimentar os indivíduos, assim concluiu que haveria uma competição entre os mesmos, sendo que aqueles que apresentam variações que favoreçam sua sobrevivência serão os que conseguirão deixar maior número de descendentes.
Assim, ao analisar as taxas de reprodução e de mortalidade em diversas populações e ao comprovar esses dados experimentalmente, haveria indivíduos que por serem diferentes sobreviveriam e se reproduziriam com maior sucesso, passando assim suas características. Após vários anos, em ocorrência desse favorecimento, associado a essa característica apresentada, encontraríamos um maior número de indivíduos descendentes desse indivíduo mais apto.
Os indivíduos que apresentassem características menos favoráveis encontrariam dificuldade para competir, reproduzir e sobreviver. Dessa forma, através da seleção natural, os indivíduos com características desfavoráveis tenderiam a quase desaparecer com o passar dos tempos.
Em qualquer população encontraremos indivíduos diferentes, seja internamente, seja externamente. Essas variações podem ocorrer através, por exemplo, de mutações ao acaso, aleatórias, e que, quando da reprodução desse indivíduo, essas informações são transmitidas aos descendentes.
Entretanto, uma vez que os recursos do ambiente são limitados e não podem suportar o crescimento infinito de uma população, a ideia da competição entre indivíduos de uma mesma espécie explicaria por que alguns sobrevivem e porque outros morrem. Assim, quem se alimenta e vive mais tem, consequentemente, maiores chances de se acasalar e deixar mais descendentes.
O Darwinismo é um mecanismo que provoca contínuas mudanças em populações de seres vivos e podemos decompor esse mecanismo em cinco referenciais:
1. Variação - os indivíduos não são totalmente semelhantes, mesmo que tenham o mesmo parentesco. Essa variabilidade contribui para o processo evolutivo ao apresentar em diferentes indivíduos características diversas.
2. Herança - a forma como se dá a passagem das características foi um fator que intrigava Darwin, mas ele não conseguiu resposta conclusiva sobre o assunto. A resposta veio com a Genética.
3. Seleção - a competição pelos recursos ambientais seria um fator determinante para a evolução de uma espécie.
4. Tempo - a seleção natural não se processa em curtos intervalos de tempo. Temos também que o ambiente está em constante modificação, ocasionando mudanças contínuas.
5. Adaptação - seria a característica que favorece a sobrevivência dos indivíduos em um determinado ambiente. Os indivíduos apresentam adaptações diferentes ao mesmo ambiente, mas pela seleção natural, somente aquele que for mais apto conseguirá sobreviver.
Darwin também estudou animais que são criados em cativeiro. Observou que quando fornecemos a esses as condições ideais para sua sobrevivência, todos os indivíduos têm as mesmas chances de sobreviver, alcançando rapidamente um número elevado de indivíduos. Nesse caso a seleção natural não ocorre, pois “neutralizamos” sua ação.
Darwin observou, em relação à influência do homem no processo de criação de animais, que ao realizar a escolha de características que atendam à sua necessidade, também realiza um tipo de seleção, que ele chamou de Seleção Artificial. Dessa forma temos as diferenças apresentadas entre o porco selvagem e o porco doméstico, por exemplo.
Fabrício Alves Ferreira
Graduado em Biologia
Equipe Brasil Escola
http://brasilescola.uol.com.br/biologia/darwinismo.htma


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