Derivações da 1ª Lei de Mendel
Segunda Lei de Mendel
2ª Lei de Mendel
Fonte: https://www.todamateria.com.br/segunda-lei-de-mendel/Segunda Lei de Mendel
A Segunda Lei de Mendel ou Lei da Segregação Independente baseia-se na transmissão combinada de duas ou mais características.
Mendel iniciou os estudos com ervilhas acompanhando a expressão de genes de modo isolado. Esse fato deu origem a Primeira Lei de Mendel.
Posteriormente, Mendel começou a estudar a segregação de dois genes simultaneamente. Por exemplo, ele realizou cruzamentos de sementes verdes e rugosas com sementes amarelas e lisas.
O objetivo de Mendel era descobrir se essas características estavam relacionadas, ou seja, uma semente amarela necessariamente precisa ser lisa?.
Para responder essa questão, Mendel realizou cruzamentos para analisar a transmissão de características relacionadas a cor e a textura das sementes.
A 2ª Lei de Mendel conclui que os genes de dois ou mais caracteres são transmitidos aos gametas de forma independente.
ALELOS MÚLTIPLOS OU POLIALELIA ;.
Alelos múltiplos na determinação de um caráter
Como sabemos, genes alelos são os que atuam na determinação de um mesmo caráter e estão presentes nos mesmo loci (plural de lócus, do latim, local) em cromossomos homólogos. Até agora, só estudamos casos em que só existiam dois tipos de alelos para uma dada característica (alelos simples), mas há casos em que mais de dois tipos de alelos estão presentes na determinação de um determinado caráter na população. Esse tipo de herança é conhecida como alelos múltiplos (ou polialelia).
Apesar de poderem existir mais de dois alelos para a determinação de um determinado caráter, um indivíduo diploide apresenta apenas um par de alelos para a determinação dessa característica, isto é, um alelo em cada lócus do cromossomo que constitui o par homólogo.
São bastante frequentes os casos de alelos múltiplos tanto em animais como em vegetais, mas são clássicos os exemplos de polialelia na determinação da cor da pelagem em coelhos e na determinação dos grupos sanguíneos do sistema ABO em humanos.
Apesar de poderem existir mais de dois alelos para a determinação de um determinado caráter, um indivíduo diploide apresenta apenas um par de alelos para a determinação dessa característica, isto é, um alelo em cada lócus do cromossomo que constitui o par homólogo.
São bastante frequentes os casos de alelos múltiplos tanto em animais como em vegetais, mas são clássicos os exemplos de polialelia na determinação da cor da pelagem em coelhos e na determinação dos grupos sanguíneos do sistema ABO em humanos.
HERANÇA LIGADA AO SEXO
Herança genética que pode determinar algumas enfermidades
A herança ligada ao sexo é uma herança genética que tem relação com os genes que pertencem aos cromossomos sexuais e determinam algumas doenças que podem surgir em um indivíduo.
Vale relembrar que um ser humano possui, na maioria das células, 46 cromossomos, 23 recebidos do pai e 23 da mãe. Desse total, 44 são não-sexuais, ou seja, não interferem na determinação do sexo e são denominados autossomos. Já os sexuais (X e Y) são chamados de alossomos.
O cromossomo sexual masculino (Y) possui poucos genes, e por isso é menor, enquanto o feminino (X) possui uma grande quantidade de genes. Dessa forma, ambos possuem poucas partes homólogas e quase não ocorre recombinação entre os genes.
Tipos de herança ligada ao sexo
O sexo de um indivíduo é determinado a partir dos cromossomos sexuais herdados dos pais. Para que seja homem, o indivíduo precisa ter recebido um cromossomo X da mãe e um Y do pai. Para que seja do sexo feminino, é necessário que tenha recebido um cromossomo X da mãe e um X do pai.
A partir daí, pode-se dividir a herança ligada ao sexo em três tipos:
• Herança ligada ao cromossomo X;
• Herança restrita ao sexo;
• Herança influenciada pelo sexo.
Herança ligada ao cromossomo X
Esse tipo de herança ligada ao sexo decorre do lado materno e ocorre quando o gene modificado está no cromossomo X. Dessa forma, os homens herdam esse cromossomo da mãe e as mulheres herdam um da mãe (X) e um do pai (X).
Portanto, apenas os homens apresentam essas manifestações, pois possuem apenas um cromossomo X, sem nenhum gene normal para aquele aspecto.
Doenças relacionadas ao cromossomo X
As doenças que decorrem desse tipo de herança ligada ao sexo surgem com grande frequência nos homens e raramente nas mulheres. Algumas delas são:
Daltonismo: esse tipo de anomalia ocorre, principalmente, nos homens (5% a 8%) e causa impossibilidade de diferenciar as cores vermelha e verde. Ela é causada principalmente por um alelo recessivo encontrado no cromossomo X chamado de “Xd” ou “d”. O alelo que determina a visão normal é denominado “XD” ou “D”. Os homens que possuem essa anomalia passam esse gene para todas as filhas, mas não passam para os filhos.
Os casos de mulheres com esse problema são raros, apenas 0,04%, e para que isso seja possível, é preciso que o pai e a mãe sejam portadores do alelo recessivo. Além disso, a chance dessa mulher transmitir a anomalia para um filho do sexo masculino é de 50%.
Hemofilia: esse é um outro problema decorrente da herança ligada ao sexo pelo cromossomo X e provoca incapacidade de coagulação sanguínea. Uma pessoa hemofílica pode apresentar sangramentos prolongados mesmo em pequenos ferimentos, além de provocar grandes riscos de hemorragia interna.
A hemofilia pode ser do tipo “A”, mais frequente (85%) e “B”. Ela pode ser tratada por meio da reposição dos fatores de coagulação. Ela é gerada pelos alelos recessivos ligados ao cromossomo “Xh” ou “h” herdados da mãe. Os homens portadores de hemofilia passarão esse gene para as filhas e não para os filhos.
Herança restrita ao sexo
Esse tipo de herança restrita ao sexo corresponde aos genes denominados holândricos, que se localizam no cromossomo Y e são herdados pelo pai. Um exemplo desses genes é o SRY, que determina a transformação das gônadas indefinidas do embrião em testículos.
Um tipo de doença causada pela herança restrita ao sexo é a hipertricose auricular. Ela provoca o surgimento de muitos pelos nas orelhas dos homens e pode ter duas variantes: hipertricose lanuginosa congênita (cabelo relativamente fino e felpudo que pode chegar a 25 cm de comprimento) e a Síndrome de Abras (o cabelo nasce ais grosso e colorido). Essa característica passa de pai para filho por estar ligado gene “Y”, que é exclusivamente masculino.
Herança influenciada pelo sexo
Na herança influenciada pelo sexo, os genes se expressam em homens e mulheres, porém de maneiras diferentes. Um exemplo importante desse tipo de herança ligada ao sexo é a calvície.
Também rara nas mulheres, podendo ocorrer apenas caso se apresente como homozigoto recessivo, nos homens a calvície fica localizada em um alelo autossômico e age como dominante. Essa diferença decorre do ambiente hormonal de cada indivíduo.
A calvície é um problema que acomete mais os homens e é uma herança influenciada pelo sexo. (Foto: Pxhere)
Curiosidades
Em alguns animais, o processo de determinação do sexo ocorre de uma maneira diferente e não pelos cromossomos sexuais. Nas abelhas, por exemplo, os óvulos fecundados pela rainha formam fêmeas diploides. Já os não fecundados se transformam partenogeneticamente em machos haploides
No caso das formigas, as larvas recebem apenas mel e as que evoluirão para rainhas, recebem também geleia real (secreção glandular das operárias adultas). Já na drosophila melanogaster, conhecida popularmente como mosca-da-fruta, o sexo de cada inseto está relacionado a um balanço entre o número de cromossomos X e o número de lotes (conjuntos) de autossomos.
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